Secretário de Estado das Comunidades diz que é preciso criar lóbi português no estrangeiro

Foto
O secretário de Estado defendeu uma maior participação cívica e política dos emigrantes Miguel Madeira

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, disse neste domingo que é preciso “despertar” os emigrantes e luso-descendentes para a participação cívica e política e incentivar a criação de um lóbi português de dimensão mundial.

José Cesário, que falava na sessão de abertura do I Encontro Mundial de Luso-Eleitos, que decorre hoje em segunda-feira, em Cascais, adiantou que a iniciativa visa “despertar as comunidades para a participação cívica, política, associativa e cultural, para que dentro de algum tempo haja redes e um lóbi organizado à escala da diáspora”.

O secretário de Estado das Comunidades - que falava perante uma plateia com cerca de 30 senadores, deputados e autarcas de origem portuguesa no estrangeiro - fez votos para que durante o encontro seja possível aos participantes, que vieram da África do Sul, dos Estados Unidos, Canadá, Luxemburgo e França, conhecerem-se e perceberem como podem colaborar para a promoção de Portugal no estrangeiro.

A ideia é, segundo o governante, conseguir identificar no futuro “onde estão os melhores parceiros” da diáspora.

“Não fazemos isto por Portugal estar melhor ou pior, fazemos porque acreditamos nas nossas comunidades e que Portugal não é apenas o rectângulo”, disse.

Carlos Morais, do jornal Mundo Português, que com o Governo organiza a iniciativa, lembrou que em todo mundo existem cerca de 10 mil portugueses e luso-descendentes que ocupam altos cargos políticos, considerando necessário que a sociedade portuguesa tome conhecimento dessa realidade.

O responsável considerou os políticos luso-descendentes “o expoente máximo da integração” dos portugueses no estrangeiro e a garantia de que Portugal e a língua portuguesa continuarão “no centro do mundo”.

Por seu lado, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, sublinhou o significativo papel dos eleitos luso-descendentes na promoção de Portugal.

“Portugal tem uma dívida com vocês por serem inesgotáveis agentes da percepção positiva de Portugal no estrangeiro. Cada voto e cada vitória que conseguem é vossa, mas é também do país”, disse Carlos Carreiras.

Sugerir correcção
Comentar