Rui Rio nega ter uma estratégia para chegar à liderança do PSD

Ex-presidente da Câmara do Porto acusa os seus apoiantes de fazerem declarações sobre as suas ambições de regressar à vida política e de noticiarem coisas sobre o que pensa e o que não pensa sem terem falado com ele.

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Enric Vives-Rubio

Rui Rio decidiu pôr tudo em pratos limpos. O ex-presidente da Câmara do Porto demarcou-se esta segunda-feira de qualquer estratégia ou movimento para assumir a liderança do PSD, como defendem alguns dos seus apoiantes que têm vindo a alimentar nos últimos dias notícias sobre um eventual regresso à vida política.

"Nas últimas semanas, especialmente depois das eleições primárias do PS, têm vindo a público diversas notícias sobre a minha pessoa", escreve Rui Rio num esclarecimento enviado à Agência Lusa no qual considera ser agora "oportuno esclarecer publicamente que todas" lhe "são alheias" e que não teve "qualquer interferência em nenhuma delas".

O ex-secretário-geral do PSD afasta liminarmente a existência de "qualquer estratégia" por si coordenada "dos 'apoiantes de Rio'". "Mesmo sem falarem comigo, sabem o que eu quero e o que eu não quero e, até, noticiam o que eu penso e o que eu não penso. Avançam, mesmo, com a estratégia dos 'apoiantes de Rio', como se tal existisse de forma organizada e por mim coordenada", declara o ex-autarca portuense.

Ao longo da última semana escreveram-se várias notícias sobre Rio com base em informações avançadas por alguns dos seus apoiantes, que querem primárias no partido como aconteceu no PS. Rui Nunes, fundador da Plataforma Fórum Democracia e Sociedade - Uma Agenda para Portugal, é um dos apoiantes que defende que o ex-presidente da Câmara do Porto deveria candidatar-se às primárias com Pedro Passos Coelho. E insurge-se contra a alegada disponibilidade manifestada pelos seus apoiantes para regressar à vida política.

A direcção do partido já rejeitou a realização de primárias, afirmando que o partido não copia modelos dos outros e que tem o seu próprio timing.

O jornal Expresso avançou na edição deste sábado que Rui Rio estaria disponível para ser número dois de António Costa num futuro Governo do PS sem maioria absoluta. Já esta segunda-feira, o Diário Económico escrevia que Rio rejeita eleições primárias até às eleições legislativas, mas pode ser número dois do socialista António Costa. E acrescenta que Rui Rio "já terá mostrado desagrado com as notícias recentes de que a Plataforma Fórum Democracia e Sociedade - Uma Agenda para Portugal - constituída por apoiantes seus exigia primárias no PSD 'já', seguindo o exemplo do PS".

 

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