RTP: Nuno Santos chama "mentiroso" e "miserável" a Luís Castro

Ex-director de Informação da RTP faz acusações fortes ao seu subdirector e ao director-geral de Conteúdos da estação.

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Nuno Santos respondeu a Luís Castro com acusações fortes Enric Vives-Rubio

O ex-director de Informação Nuno Santos disse esta quarta-feira que o seu antigo subdirector Luís Castro é “um mentiroso, um miserável e uma pessoa desprovida de carácter” e que o director-geral de Conteúdos da RTP não tem “um pingo de credibilidade”.

Em comunicado enviado às redacções no final das audições dos seus antigos director adjunto Vítor Gonçalves e subdirector Luís Castro na Comissão Parlamentar para a Ética, Nuno Santos avisa que vai processar os “autores das difamações produzidas no Parlamento”, mas não especifica quem serão os alvos dos processos. Na terça-feira foram também ouvidos na mesma comissão o director-geral de Conteúdos, Luís Marinho, e a subdirectora de Produção Ana Pitas.

Sobre Luís Castro, que aponta Nuno Santos como o decisor da autorização para a entrada da PSP na RTP e a consequente visualização de imagens em bruto, o ex-director diz que “é um mentiroso, um miserável e uma pessoa desprovida de carácter”. E acrescenta: “Uma garantia ele tem: não será alvo de nenhum processo disciplinar da empresa onde continuará a sua carreira imaculada. Não estranharia, aliás, que fosse promovido nos próximos meses, cumprindo um desejo do gabinete do ministro Relvas.”

Acerca de Luís Marinho, Nuno Santos diz que “é uma pessoa sem um pingo de credibilidade, que tentou, como seria evidente, tirar o assunto do terreno político que é onde ele está”.

Já sobre Ana Pitas, o ex-director de Informação é bem mais brando, mas critica o facto de esta reconhecer a contradição de ter recebido uma “resposta ambígua”, mas que a tomou como uma “autorização inequívoca” para que a PSP pudesse entrar nas instalações da RTP e ver imagens.

“Verifico também que, segundo a própria, foi chamada três vezes ao ‘inquérito’. Teve mais sorte que eu, cujo testemunho foi tido como ‘irrelevante’, o que demonstra a má-fé com que todo este caso foi conduzido”, acrescenta Nuno Santos, que diz ainda não ter recebido, oito dias depois, a nota de culpa do processo disciplinar que lhe foi aberto pela administração do grupo público de TV e rádio.

Santos diz-se “impedido de trabalhar apesar de ter pedido” para lhe atribuírem funções. E conta que lhe fizeram “alterações” no salário, algumas “à margem da lei, como atempadamente será provado”.

Nuno Santos termina o comunicado com uma palavra de apreço para Vítor Gonçalves, o seu antigo director adjunto, ouvido esta quarta-feira de manhã, de quem diz ter tido um “comportamento digno” e “respostas esclarecedoras”.

 
 
 
 

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