Ribeiro e Castro mantém 'não' à coligação PSD/CDS

Antigo líder centrista deixou o Parlamento mas não abandona a sua bandeira pela defesa do feriado no 1.º de Dezembro.

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Ribeiro e Castro diz que, "na sua análise", Henrique neto é "o menos PS dos candidatos, o que está mais à direita". Fernando Veludo

O coordenador-geral do "Movimento 1.º de dezembro", o antigo dirigente do CDS Ribeiro e Castro, reafirmou esta sexta-feira a intenção de não votar em qualquer partido ou coligação que ignore a reposição imediata daquele feriado.

No Palácio da Independência, em Lisboa, o histórico deputado democrata-cristão anunciou ainda o lançamento de uma nova petição pública, agora através da Internet, para a "restauração imediata do feriado nacional do 1.º de Dezembro", com o lema "Eu Digo Sim ao 1.º de dezembro" e que já contava com 170 subscritores em cerca de sete horas.

"Seria completamente destituído de carácter que, tendo-me empenhado nesta luta, aceitasse votar ou fazer campanha por uma partido que mantivesse o enterro do feriado que consideramos mais importante - o feriado dos feriados, o feriado sine qua non", disse, embora sem esclarecer se vai optar por abster-se ou manifestar-se de outra forma nas legislativas de 4 de Outubro.

O também antigo eurodeputado centrista congratulou-se por "algum êxito político" do movimento que dirige, formado em Julho de 2012, designadamente com a "tomada de posição que se esperava do PS a favor da reposição dos feriados, mas também de outros partidos da oposição que sempre se opuseram à eliminação dos feriados".

"E também, primeiro o CDS e agora a coligação [com o PSD], no seu programa eleitoral, que anuncia de forma encriptada que, a partir de 2016, de uma forma gradualista, encetaria negociações com a Santa Sé para a reposição de feriados religiosos com repercussão também nos feriados civis", destacou.

O conjunto de cidadãos que defendem a restauração do 1.º de Dezembro -- dia em que se comemora a restauração da independência nacional de 1640 - mantém em paralelo a recolha de assinaturas para o "projecto de lei de iniciativa popular", com vista a dar entrada na Assembleia da República, mas que requer um número mínimo de 35.000 pessoas, congregando, nesta altura, 22.354.

Ribeiro e Castro referiu também que o seu movimento, em conjunto com a Câmara Municipal de Lisboa e a Sociedade Histórica da Independência de Portugal, entre outras entidades, vai manter o desfile de bandas filarmónicas na avenida da Liberdade evocativo daquela data.

O evento vai realizar-se no próprio dia, se já for novamente feriado ou no domingo anterior em caso contrário, uma vez que este ano calha a uma terça-feira. Já há 12 bandas selecionadas.

Adicionalmente, está a ser preparado um concerto sinfónico de fim de tarde, aberto com hino nacional e fechado com hino da Restauração e dedicado a peças de autores portugueses, este ano, em princípio, no Teatro de S. Luiz, com uma orquestra lisboeta.

Outra iniciativa prevista é a promoção de actuações temáticas de tunas por todo o país, nos mais variados espaços, uma espécie de festival designado por "Libertunas", de 24 de Novembro a 8 de Dezembro.

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