PS-Madeira quer testar meios aéreos

Parlamento vai analisar recomendação ao Governo para que seja implementado projecto-piloto para o uso de meios aéreos nos incêndios da região.

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Os incêndios de 2016 consumiram 22% do concelho do Funchal Reuters/Duarte Sá

A questão não é pacífica e a resposta divide os mais esclarecidos: devem ou não devem os incêndios na Região Autónoma da Madeira ser combatidos com recurso a meios aéreos? É precisamente por haver estudos divergentes sobre a matéria que os dois deputados do PS local querem a ajuda da Assembleia da República para resolver esta dúvida.

Carlos Pereira e Luís Vilhena entregaram, no dia 23, uma recomendação “ao Governo para que seja implementado um projeto piloto sobre a utilização de meios aéreos para o combate aos incêndios na Região Autónoma da Madeira”. O diploma tem apenas uma página e começa por explicar que “a perda da vida humana, a destruição de casas, o desalojamento de várias famílias, a destruição de património público, a destruição da floresta e da natureza têm sido as marcas mais salientes dos incêndios dos últimos anos.”

A seguir, os parlamentares propõem que sejam efectuados testes em diferentes contextos (na floresta, nas zonas montanhosas, nas zonas urbanas, em vales) e em diferentes condições meteorológicas (bom e mau tempo). “Propomos que o Governo da República disponibilize meios aéreos à Região Autónoma da Madeira de forma a efetuar os testes com a maior brevidade possível, auxiliando o Governo Regional na tomada de decisão relativamente à aquisição ou não de meios aéreos para o combate aos incêndios.

O diploma desceu à primeira comissão, para discussão, no dia 24 de Agosto, mas só será debatido depois do início da sessão legislativa, em Setembro. Recorde-se que o uso ou não de meios aéreos na Madeira foi tema que suscitou forte debate entre os madeirenses durante a mais recente vaga de incêndios, em que três pessoas perderam a vida e pelo menos mil viram as suas casas serem consumidas pelas chamas.

Na altura, o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, lamentou que até agora tenha havido “um conjunto de pareceres contraditórios” e garantiu: “Vou resolver a questão de uma vez por todas.” 

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