Quebra de disciplina de voto motiva participação à jurisdição do PSD

Cinco deputados votaram contra os textos de pesar pela morte de Fidel Castro. O caso originou polémica.

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Cinco deputados votaram contra os textos de pesar pela morte de Fidel Castro Fábio Augusto

A direcção da bancada parlamentar do PSD vai participar ao Conselho de Jurisdição do partido a quebra de disciplina de voto por parte de cinco deputados nos textos de pesar pela morte de Fidel Castro. Na passada quarta-feira, os parlamentares votaram contra os votos de pesar, em sentido diferente do que foi imposto pela bancada que era o da abstenção.

Os cinco deputados – Pedro Alves (Viseu), Bruno Vitorino e Pedro do Ó Ramos (Setúbal), António Costa e Silva (Évora) e Emília Cerqueira (Viana do Castelo) – votaram contra os votos de pesar apresentados pelo PCP e pelo PS sobre o líder histórico de Cuba. Essa opção terá de ser comunicada ao Conselho de Jurisdição que depois decidirá se abre processo disciplinar.

Fonte da direcção da bancada justifica a abstenção por ser inédito o partido votar contra um texto de pesar e de a disciplina de voto ser a regra nas votações. No momento da votação, muitos deputados do PSD saíram do plenário e vários anunciaram a apresentação de declaração de voto. Num texto subscrito por 13 deputados, os sociais-democratas consideraram que não se pode “pactuar com o branqueamento da faceta de um ditador”.

A bancada do CDS, apurou o PÚBLICO, deu liberdade de voto aos deputados. Todos votaram contra o texto do PCP. Já o voto de pesar do PS mereceu a abstenção de cinco deputados – Filipe Anacoreta Correia, Patrícia Fonseca, Isabel Galriça Neto e Hélder Amaral.

O texto do PS foi aprovado com os votos favoráveis do BE, PCP e PEV, a abstenção de PSD e do PAN. O PCP fez passar o seu texto com os votos a favor do BE, do PEV e da abstenção do PSD, do PS e o voto contra do CDS. O socialista Renato Sampaio votou a favor e, pelo contrário, Ascenso Simões chumbou. 

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