PSD e CDS propõem evocação do 25 de Novembro no Parlamento

Direita apresentou propostas na conferência de líderes cujo teor desafia a esquerda.

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Luís Montenegro e Nuno Magalhães assinam comunicado conjunto em nome do PSD e do CDS Enric Vives-Rubio

Os dois partidos da direita vão apresentar uma proposta de evocação do 25 de Novembro de 1975 na Assembleia da República, por ocasião dos 40 anos daquele episódio da história contemporânea de Portugal.

Esta decisão foi anunciada aos jornalistas no final da conferência de líderes pelo presidente do grupo parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, que referiu já a ter comunicado ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues. "O 25 de Abril deu-nos a liberdade, o 25 de Novembro confirmou-a perante ameaças de regimes totalitários. Creio que, na casa da democracia que é a Assembleia, é fundamental que se possa fazer uma evocação o mais consensual possível e com a dignidade que essa data e esse aniversário merece", defendeu o líder parlamentar do CDS-PP.

Interrogado sobre por que motivo PSD e CDS-PP não propuseram assinalar o 25 de Novembro de 1975 na anterior legislatura, quando tinham maioria de deputados para aprovar essa proposta, Nuno Magalhães respondeu simplesmente: "Porque não fazia 40 anos."

Nesta nova legislatura, sociais-democratas e centristas têm, juntos, 107 deputados, e os partidos à sua esquerda somam mais de metade dos deputados e estão a preparar uma solução alternativa de Governo, devendo rejeitar o programa do executivo PSD/CDS-PP. Neste novo quadro parlamentar, os primeiros diplomas que PSD e CDS-PP agendaram esta quarta-feira em conferência de líderes para debate em plenário foram projectos de resolução sobre os compromissos europeus de Portugal e a reestruturação da dívida, e também sobre os compromissos internacionais em matéria de política externa e de defesa - matérias em relação às quais PS, PCP e BE têm divergências.

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