PSD admite como possível retomar o diálogo com PS

Marco António Costa considera que o programa socialista "tem muitos pontos de contacto" com o do PSD/CDS.

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Marco António Costa: "Os nossos programas, em muitos pontos, são conciliáveis” Nuno Ferreira Santos

O vice-presidente e porta-voz do PSD, Marco António Costa, admitiu neste domingo, no Porto, a possibilidade de a Coligação Portugal à Frente retomar o diálogo com o PS, sublinhando que o programa socialista tem "muitos pontos de contacto" com o do PSD/CDS.

"Acreditamos que o PS tem sempre a oportunidade para corrigir a trajectória errada que está a fazer relativamente à história, porque a sua história não é no sentido desta trajectória. Estamos a um mês do 25 de Novembro e recordamos a importância que o PS teve para ajudar a cimentar valores de democracia que nós perfilhamos", afirmou.

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Em declarações aos jornalistas, no final de um encontro com dirigentes da JSD do distrito do Porto, Marco António Costa disse que a coligação nunca fechou as portas ao diálogo. "Julgo que toda a gente já percebeu que o simulacro que tivemos até aqui com o PS é porque efectivamente há uma ambição pessoal de alguém que quer sobrepor a sua ambição aos interesses nacionais", sustentou.

O porta-voz do PSD disse, também, não perfilhar "da ideia de que o Governo tem que cair fruto da aprovação de uma moção de rejeição do programa de governo e considerou que "é sempre possível, a todo o tempo, em democracia, o diálogo com todos os partidos sem excepção”. No entanto, "acrescentou, “há partidos que têm programas e projectos políticos que são inconciliáveis com aqueles que o PSD, o CDS e o PS defendem para a sociedade portuguesa".

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"Os nossos programas, em muitos pontos, são conciliáveis, o que não são conciliáveis são os programas do PS, do BE e do PCP, a não ser num arranjo oportunista de querer chegar ao poder de qualquer maneira e de criar uma condição de bloqueio ao respeito do resultado eleitoral de 4 de Outubro", sublinhou. Para Marco António Costa, "é preocupante ver que se criou uma coligação de bloqueio em Portugal, relativamente ao respeito que era devido e merecido pelos portugueses quanto ao resultado eleitoral".

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"O que temos visto é uma soma de vontades negativas que pretendem subverter os resultados eleitorais de 04 de Outubro, impedindo que quem venceu as eleições possa governar o país", referiu.<_o3a_p>

Na sua opinião, o que está acontecer "prejudica o país e gera graves consequências de instabilidade na imagem externa e interna, provoca necessariamente perturbações no percurso de crescimento económico que o país estava a viver e também de recuperação do emprego e baixa do desemprego". "Julgo que os portugueses têm razões fundadas para manifestar uma grande preocupação relativamente ao seu futuro, com esta atitude de soma de vontades negativas que formam uma força de bloqueio ao respeito pelo resultado eleitoral de 4 de Outubro", acrescentou.

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