PSD aceita discutir salário mínimo após as europeias

Pedro Roque diz que "há todas as condições" para o debate depois de 25 de Maio, o que vai ao encontro da exigência da UGT.

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Muitas das iniciativas acontecem no Parlamento Rui Gaudêncio

O deputado do PSD e ex-secretário de Estado Pedro Roque reiterou que há disponibilidade para discutir o salário mínimo em concertação social, após as eleições europeias, como pretendia a UGT. A oposição voltou a acusar a maioria e o PS de congelarem o salário mínimo.

"Por parte da UGT ficou claro que não quer, e bem, que este assunto seja contaminado pelo clima da campanha eleitoral. Logo a seguir [às europeias] existem todas as condições para que a concertação social faça o seu trabalho em tranquilidade, sem pressão dos partidos políticos, e chegue aos entendimentos necessários", afirmou o social-democrata.

O deputado reiterava assim uma posição expressa esta quarta-feira pelo vice-presidente do PSD Marco António Costa quando disse ver com bons olhos a exigência da UGT de só discutir o salário mínimo após as eleições europeias.

O presidente dos Trabalhadores Sociais-Democratas (TSD) fez uma declaração política em que defendeu um novo acordo de concertação social, à semelhança do que aconteceu em 2012, e que permitiu a "paz social".

O novo acordo de concertação social devia passar pela "revitalização da negociação colectiva, a sustentabilidade do salário mínimo e a política de rendimento a médio prazo que esteja associado à produtividade da nossa economia, e à capacidade de gerar riqueza", afirmou.

Mariana Aiveca, do BE, quis saber qual o valor que está em cima da mesa – e defendeu que já devia subir para 545 euros - e quais as contrapartidas que os patrões exigem para aceitarem o aumento. Na resposta, Pedro Roque assinalou que até a CGTP só pede 515 euros e remeteu a questão para a concertação social.

Numa outra declaração política, que também incidiu sobre salário mínimo, o deputado do CDS Rui Barreto, assinalou como "positivo" o sinal do Governo sobre esta matéria e defendeu que em sede de concertação social o Governo "deve ser facilitador de compromissos".

Bruno Dias, do PCP, contrariou: "O Governo deve ser o facilitador, agora? Na pré-campanha para o Parlamento Europeu?". Para Rui Paulo Figueiredo, do PS, "há um consenso na sociedade portuguesa", o Governo "tem sido é um complicador". E, dirigindo-se ao deputado do CDS, assinalou: "Se alguma convergência houve foi a do voto contra de Rui Barreto ao Orçamento de Estado".
 

  



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