PS responsabiliza Portas por “rombo” na Segurança Social

Galamba garante que as preocupações internas foram acauteladas nas propostas socialistas.

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João Galamba Rui Gaudêncio

O deputado do PS João Galamba considera que Paulo Portas não tem autoridade para criticar as propostas do partido para a Segurança Social quando o actual Governo causou o “maior rombo” no sector ao “destruir emprego e cortar pensões”.

Na quinta-feira, o vice-primeiro-ministro deixou um aviso “amigo” ao PS para ponderar as propostas em torno da Segurança Social, por considerar que são “perigosas” e que se trata de um sector com o qual não se pode fazer “experimentalismos”.

Um dia depois, Galamba, que é membro do secretariado nacional do PS, devolve o “conselho amigo”. “Venho aqui deixar um conselho amigo ao n.º 2 do Governo, Paulo Portas. Antes de fazer críticas a terceiros sobre a Segurança Social, devia olhar muito bem para o seu currículo e o dos governos a que pertenceu. Este Governo destruiu mais de 400 mil empregos, cortou pensões, ameaça voltar a cortar, baixou salários", afirmou aos jornalistas o deputado do PS, acrescentando que as "quedas de salários e do emprego" são o "maior rombo financeiro na Segurança Social".

Pelo contrário, sustentou o deputado, o PS fez um conjunto de propostas que estimula o emprego e rejeita o corte de pensões, “garantindo a sustentabilidade da Segurança Social”. João Galamba lembrou ainda que a proposta de aplicar até 10% do fundo de estabilização financeira da Segurança Social na reabilitação urbana e na política de rendas acessíveis é apenas “dar cumprimento à portaria 1273/2004, aprovada por Bagão Félix, ministro da Segurança Social de um Governo de Paulo Portas”.

Confrontado com as críticas internas no PS em torno das propostas para a Segurança Social – nomeadamente a descida da TSU para os trabalhadores –, João Galamba garante que as preocupações foram acauteladas. “Não há qualquer descapitalização da Segurança Social. O que há é uma aposta muito forte na criação de emprego e aumento de salários, as duas principais fontes de financiamento. Com as propostas do PS, a sustentabilidade e o pagamento de pensões, presentes e futuros, estão plenamente assegurados”, garantiu.

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