PS disponível para o diálogo mas não para apoiar qualquer governo sem eleições

Secretariado socialista mantém todas as posições, mas não se furta à procura das "soluções que melhor sirvam o interesse nacional e o futuro dos portugueses"

Foto
António José Seguro esteve ontem ao lado de Manuel Pizarro no lançamento oficial da candidatura Adriano Miranda

O PS afirmou esta quinta-feira à noite a sua disponibilidade para "iniciar o processo de diálogo" proposto pelo Presidente da República. Mas exclui deste processo o apoio e integração em qualquer governo que não saia de eleições.

"Na sequência da reunião ocorrida hoje entre o Presidente da República e o secretário geral do PS, o Secretariado Nacional reitera a disponibilidade do Partido Socialista para iniciar o processo de diálogo, com o objetivo de encontrar as soluções que melhor sirvam o interesse nacional e o futuro dos portugueses", começa por afirmar o comunicado daquele órgão.

Mas deixa claro também que os socialistas não apoiarão nenhum governo que não seja caucionado por eleições legislativas. "O PS reafirma que exclui deste processo qualquer possibilidade de apoio, e muito menos integração em qualquer solução governativa que resulte do actual quadro parlamentar", lê-se na última frase do texto.

No comunicado, que demorou quase duas horas a ser divulgado, a direcção socialista reafirma todas as posições que têm assumido publicamente.

Tal como afirmara Alberto Martins numa declaração após a comunicação do Presidente da República ao país, na quarta-feira, o processo de diálogo proposto "deve integrar todas as forças políticas com representação parlamentar". E acrescenta-se que deve "incidir em políticas que promovam o crescimento económico, o emprego e o reforço da posição de Portugal na União Europeia".

"A grave crise económica, social e política que o país enfrenta exige de todos os responsáveis políticos essa disponibilidade para encontrar soluções. É essa responsabilidade que mais uma vez o PS assume, em total coerência com os seus valores e com as suas posições públicas", reiteram os socialistas.

 

 

 

 

Sugerir correcção
Comentar