PS avisa Governo que para “executar um determinado programa deve sufragá-lo”

Socialistas são contra as medidas que fazem parte do relatório do FMI encomendado pelo Governo.

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José Junqueiro diz que Passos revela insegurança João Henriques (arquivo)

O PS manifestou esta quinta-feira a sua “oposição total” às medidas que fazem parte do relatório do FMI, divulgado na quarta-feira, com o argumento de que o Governo “não tem nenhuma legitimidade política [para as executar] porque não submeteu a sufrágio nenhuma destas medidas”.

Foi o vice-presidente da bancada parlamentar socialista, José Junqueiro, quem o afirmou na Assembleia da República, em Lisboa. “O Governo foi incapaz, não teve coragem de submeter a sufrágio dos portugueses estas medidas, que não constam do memorando”, disse o deputado, antes de concretizar que “o partido político que se propõe a executar um determinado programa deve sufragá-lo”.


“Aquilo que está em causa é um outro programa de Governo”, disse Junqueiro sobre as medidas propostas pelo FMI e que o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, elogiou.

Depois de defender que estas medidas só surgiram para “esconder os erros desta governação”, Junqueiro criticou os membros mais influentes do executivo. “O ministro das Finanças é um incompetente e o primeiro-ministro é uma pessoa inexistente”, acusou.

E falou das próximas jornadas parlamentares do PS, a decorrer em Viseu no início da próxima semana, já como preparação do programa de Governo socialista. Jornadas que vão abordar a reforma do Estado social “moderno e solidário”.
 

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