Os projectos sobre procriação medicamente assistida (PMA) do Bloco de Esquerda e de um grupo de jovens socialistas, que permitiam a técnica a casais homossexuais foram chumbados no Parlamento. O diploma do PS e outro do PSD e do CDS baixaram à comissão.

A votação das quatro iniciativas foi um processo complicado e foi mesmo necessário que a mesa da Assembleia contasse a indicação de voto um a um. Os grupos parlamentares deram liberdade de voto aos seus deputados, o que mostrou grandes divisões dentro do mesmo partido.

O diploma rejeitado do BE teve, no entanto, um voto a favor do PSD (deputado Sérgio Azevedo) e 10 do PS, e a abstenção de 23 deputados do PS e de oito do PSD.

O projecto de um grupo de cinco deputados socialistas - que na sua versão inicial permitia a PMA a casais homossexuais, mas que acabou por ser remodelado, sendo retiradas as normas sobre a maternidade de substituição -, acabou rejeitado, e mostrou a bancada socialista dividida sobre a matéria. Teve voto a favor do BE, um voto a favor do CDS (João Rebelo) e 37 do PS (pouco mais de metade da bancada, que tem 73 deputados); e a abstenção de 17 deputados do PS, oito do PSD e três do CDS. O PCP votou contra.