Professores vão poder gerir escolas da rede pública

Outra reforma considerada “prioritária” no guião da reforma do Estado é o desenvolvimento do ensino profissionalizante.

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Há países onde, em vez de exames nacionais, há exames de escola. Em Portugal o primeiro exame nacional é de Português e acontece dia 17 Enric Vives Rubio

O Governo pretende criar a figura das escolas independentes, geridas directamente por professores. Os docentes poderão associar-se para garantir a concessão de estabelecimentos de ensino da rede pública, mediante a contratação com o Ministério da Educação. No que diz respeito ao sector educativo, a medida é uma das mais surpreendentes de entre as que constam no guião da reforma do Estado, tornado público esta quarta-feira.

Os docentes serão convidados a organizar-se num projecto de escolas específico, “pensado e gerido pelos professores”, anunciou o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, na conferência de imprensa de apresentação das linhas mestras da reforma estrutural. No fundo, poderão “tomar conta das escolas”, mediante um concurso e posterior contratação com o Estado do serviço prestado, podendo inclusive utilizar instalações actualmente pertencentes à rede pública.

“Essa oportunidade significa uma verdadeira devolução da escola aos seus professores e garante à sociedade poder escolher projectos de escola mais nítidos e diferenciados”, explica o Governo no documento.

Uma outra reforma considerada “prioritária” no sector da Educação é o desenvolvimento do ensino profissionalizante e da sua vertente dual, fruto da colaboração entre escolas e empresas. O Governo reforça a intenção de ter 50% dos jovens que frequentam o ensino secundário em ofertas profissionalizantes, como já tinha sido anunciado em vários momentos pelo ministro Nuno Crato. Essa oferta permitirá o acesso directo a uma profissão, sem excluir os alunos da possibilidade de prosseguir estudos.
 
 
 

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