Primeiro debate entre Seguro e Costa é na próxima semana

Jorge Coelho quer que os três debates televisivos entre os dois socialistas se realizem até 12 de Setembro.

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Oficialmente as datas não estão ainda fechadas, mas o responsável pela comissão eleitoral que gere o processo das primárias socialistas, Jorge Coelho, aponta a primeira semana de Setembro como o momento em que se vai realizar o primeiro debate televisivo entre os dois candidatos a candidato a primeiro-ministro pelo PS.

“Para a semana espero que haja já um debate”, disse o antigo ministro de António Guterres ao PÚBLICO. A comissão eleitoral reuniu na segunda-feira para acertar esse e outros temas relacionados com o processo. De acordo com Jorge Coelho não existem ainda “condições para anunciar” a data exacta, apesar de existir um princípio de acordo entre as duas candidaturas. “Mas tudo se encaminha para que isso venha a acontecer [realização de um debate na próxima semana]", adiantou. Aquele responsável acrescentou igualmente que o objectivo é que os três debates televisivos acordados se realizem “antes do fim do prazo das inscrições” para simpatizantes. De acordo com o regulamento, o prazo termina a 12 de Setembro.

O mesmo regulamento estipulou a realização de três confrontos televisivos entre António José Seguro, secretário-geral do PS, e António Costa, presidente da câmara de Lisboa, que desafiou a actual liderança do PS.

Ambos os candidatos estão há semanas no terreno em campanha. Esta última semana foi testemunha do aquecer dos recados entre os dois. Numa entrevista ao Expresso, António Costa, depois de semanas a afirmar que não pretendia personalizar o debate, endureceu o discurso em relação ao adversário. Aproveitando as polémicas à volta das eleições para a distrital de Braga: “Não estive estes três anos na sexta fila da bancada parlamentar a aguardar pela minha hora, a fazer planos para a minha vida, a comprar votos ou a ressuscitar mortos para poderem votar, como outros fizeram.” Até essa entrevista a única crítica velada que fazia ao adversário era a de passar “anos na política” sem que ninguém se lembrasse “de nada que tenha feito”. E isto sem nunca se referir directamente a Seguro.

Por seu turno, Seguro passara ao ataque muitas semanas antes, com a argumentação de que Costa representava ou tinha entre os seus apoiantes, o pior do que existe na política. "A minha linha de fractura é entre a nova e a velha política. A velha política que mistura negócios, política, vida pública, interesses, favores, dependências, jogadas e intriga. O que existe no PS mais associado a essas coisas é apoiante de Costa."

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