Presidente do Parlamento Europeu considera “normal” que Costa negoceie à esquerda

Principais líderes políticos portugueses estão em Bruxelas a recolher apoios externos.

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Selfie no Chiado durante a campanha para as europeias, com Martin Schulz Enric Vives-Rubio

O pretexto era o Conselho Europeu, mas o objectivo era outro. Durante esta quinta-feira, começaram a chegar, tanto a António Costa como a Pedro Passos Coelho, declarações de apoio externas que a passagem de ambos por Bruxelas pretendia. Dos dois lados da barricada, manifestaram-se os nomes sonantes do Parlamento Europeu (PE).

Pelo secretário-geral do PS, foi o presidente do PE e social-democrata alemão quem verbalizou o acolhimento de um governo de esquerda. Martin Shulz considerou “absolutamente normal que o presidente de um partido da esquerda tente encontrar aliados à esquerda”, embora admitindo que neste momento é muito difícil em Portugal a formação de um governo, “tanto para o governo cessante como para o PS”.

Na direita, coube a Antonio López-Istúriz, secretário-geral do Partido Popular Europeu, (a força política que acolhe o PSD no universo político de Bruxelas) defender o ponto de vista de Passos Coelho ao sustentar que "seria uma pena se um (futuro) governo fosse apoiado por um partido anti-Europeu".

E depois deixou uma espécie de aviso, disfarçado de constatação óbvia: "Este é um momento crucial para Portugal. Nós temos que respeitar a decisão que for tomada, mas Passos Coelho devia continuar e concluir o seu trabalho durante os próximos quatro anos."

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