Para Jerónimo de Sousa "pouco e limitado avanço" do Governo PS não seria possível com PSD e CDS

Orçamento tem elementos positivos e dá resposta a problemas imediatos dos trabalhadores, diz líder comunista

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“Este é um tempo de intensa luta e grandes combates”, disse Jerónimo de Sousa

O secretário-geral do PCP afirmou este sábado que o “pouco e limitado avanço” que tem sido concretizado nas negociações com o Governo de António Costa não teria sido possível com o PSD/CDS-PP.<_o3a_p>

“Corremos com o Governo PSD/CDS-PP e, se eles cá estivessem, nada deste pouco e limitado avanço que tem sido concretizado nas negociações com o Governo do PS, nada disso teria sido alcançado. Antes pelo contrário, teríamos o PSD/CDS-PP a continuar a impor uma política de exploração e empobrecimento”, considerou Jerónimo de Sousa, num comício na Maia, distrito do Porto. <_o3a_p>

O líder comunista frisou que o Orçamento do Estado (OE) não é do PCP, mas do PS, e que tem “elementos positivos” pelos quais o partido se bateu e que, apesar do seu “ainda limitado alcance”, poderá dar resposta a problemas imediatos dos trabalhadores e povo português.<_o3a_p>

E sublinhou: “Naturalmente não iludimos limitações e insuficiências da proposta apresentada pelo Governo.”<_o3a_p>

Jerónimo de Sousa realçou existirem medidas que preocupam e distanciam o PCP do orçamento, como o agravamento de impostos indirectos que recaem de forma mais generalizada sobre os portugueses, nomeadamente o aumento do imposto sobre os combustíveis, a insuficiente tributação sobre o grande património mobiliário, a falta de resposta estrutural ao problema da dívida ou a manutenção de restrições impostas aos trabalhadores e serviços da Administração Pública.<_o3a_p>

Na opinião do secretário-geral dos comunistas, os “constrangimentos e condicionamentos” do orçamento são “motivo de preocupação” porque podem comprometer a resposta a que os portugueses aspiram.<_o3a_p>

Segundo Jerónimo de Sousa, os últimos dias de “pressões e chantagens” exigem a ruptura de Portugal com as imposições da União Europeia. <_o3a_p>

O líder comunista sustentou ainda que vai “lutar” para que um conjunto de matérias, que não foi possível concretizar na proposta do Orçamento, sejam consagradas na especialidade, referindo-se ao congelamento do valor das propinas, introdução progressiva da gratuitidade dos manuais escolares, melhoria do subsídio social de desemprego e redução da taxa máxima do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).<_o3a_p>

Na sua opinião, o PSD e o CDS-PP estão “frenéticos” e “em uníssono” andam a agitar todos os “espantalhos do medo, anunciando tragédias e catástrofes iminentes para disseminar o desânimo, impor a cedência, a submissão e a rendição incondicional aos seus objectivos e à sua política de extorsão nacional”. <_o3a_p>

“PSD e CDS-PP fazem tanta falta no Governo como a fome”, sublinhou. Jerónimo de Sousa frisou ainda ser “escandaloso ver PSD e CDS a falar a linguagem dos mandantes e a aplaudir todo e qualquer despacho ou ultimato de Bruxelas”. <_o3a_p>

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