A vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, Teresa Leal Coelho, avisou que o Governo não se vai desviar do caminho que traçou, porque “Portugal é hoje uma nação em risco” e tratou de responsabilizar os executivos do PS pela situação em que deixaram o país, aludindo às parcerias público-privadas, às obras “megalómanas”, às SUCT e aos desvios orçamentais.

“Portugal viveu uma perversão da democracia que não podemos deixar repetir. Foram as PPP, as SCUT, os institutos públicos e as fundações, a desorganização sistémica de um executivo que viveu de festa em festa, deixando a factura para outros pagarem”, declarou a deputada, que foi interrompida por diversas vezes devido ao burburinho vindo da bancada rosa.

Um dia depois de o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, ter anunciado mais um pacote de medidas de austeridade ao país, Teresa Leal Coelho disse que “Portugal vive no fio da navalha e que há pouco mais de um ano os portugueses assumiram o compromisso de restaurar Portugal e esta maioria foi chamada para restaurar o país".

“É preciso dizer diariamente aos portugueses que Portugal é uma nação em risco (…) e há rostos por essa situação e esses rostos são aqueles que se negam a apresentar alternativas”, apontou a deputada social-democrata.

A vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, insistiu na receita, afirmando que “o Governo não vai baixar os braços”. Teresa Leal Coelho não se esqueceu de elogiar a boa performance que o Governo desempenhou na quinta avaliação da troika agora concluída. “Com estas medidas estamos no caminho certo, Passamos no exame da quinta avaliação da troika, a mais difícil, mas mantemo-nos na situação de emergência nacional”, declarou.