"Portugal tem de ter uma voz que defenda os interesses dos portugueses", diz Seguro

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Secretário-geral do PS só fala na Comissão Nacional Paulo Pimenta

Secretário-geral do PS disse esta segunda-feira em Bruxelas ser “inaceitável” que o primeiro-ministro diga que a situação em Portugal esteja “em linha com o previsto”.

António José Seguro acusou esta segunda-feira Pedro Passos Coelho de “fazer de conta que nada se está a passar no país”. De visita a Bruxelas, o líder socialista deixou uma crítica ao primeiro-ministro: “Fazer de conta que nada disso [crise] existe é uma irresponsabilidade e eu não faço isso”.

Segundo o dirigente socialista, a postura do primeiro-ministro de “fazer de conta que nada se está a passar no país” é “inaceitável e, por isso, Portugal tem de ter uma voz que defenda os interesses dos portugueses”.

Depois de ter enviado uma carta à troika, o secretário-geral do Partido Socialista defendeu que “chegou a altura de os responsáveis políticos da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional terem um debate político com todas as instituições em Portugal, com os parceiros sociais, com o PS, com o Governo, e que possam de viva voz ouvir as nossas posições”.

Seguro considerou ser “inaceitável” que o primeiro-ministro diga que a situação em Portugal esteja “em linha com o previsto”. Neste sentido, o líder do PS revelou que a viagem a Bruxelas para a comemoração do 20.º aniversário da fundação do Partido Socialista Europeu (PSE) serve também para “dar testemunho de que o país precisa de mais tempo para consolidar as contas públicas”.

O secretário-geral do PS esteve reunido esta segunda-feira com o candidato do SPD (Partido Social-Democrata alemão) a chanceler da Alemanha, Peer Steinbruck, e com o primeiro-ministro da Bélgica, Elio di Rupo, aos quais fez o retracto do que classificou como uma “situação de pré-ruptura social” no país, face a “um elevado número de desempregados e uma quebra muito grande da economia”.

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