Portas lança quatro estreantes e um opositor nas listas

Conselhos Nacionais do PSD e CDS fecham listas durante a noite desta quinta-feira.

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Paulo Portas Enric Vives-Rubio

O membro do conselho nacional do CDS-PP Anacoreta Correia, crítico da liderança de Paulo Portas, vai integrar a lista de candidatos a deputados da coligação por Lisboa em lugar elegível, assim como o antigo futebolista do Benfica António Simões, que foi deputado na Constituinte e agora será o primeiro nome centrista pelo círculo fora da Europa. Na noite em que PSD e CDS-PP se reúnem para aprovar os seus candidatos a deputados pela coligação Portugal à Frente, as notícias voaram mais depressa do Largo do Caldas.

Tal como há quatro anos - em que lançou nomes como Assunção Cristas -, Paulo Portas traz agora à ribalta quatro estreantes na casa dos 40 anos. Segundo o Expresso, que avançou a notícia, as novas estrelas do CDS são Mariana Ribeiro Ferreira, ex-presidente do Instituto de Segurança Social, Vânia Dias da Silva, actual subsecretária de Estado-adjunta de Paulo Portas, Francisco Mendes da Silva, fiscalista e comentador político no Canal Q, e Ana Rita Bessa, economista e quadro do grupo Leya. Todos faziam já parte dos órgãos nacionais de direção do CDS, mas serão novidade no Parlamento, devendo integrar as listas em lugares elegíveis.

Dos actuais deputados, estão confirmados a recandidatura da actual vice-presidente da AR, Teresa Caeiro, que será a primeira candidata do CDS em Faro. João Rebelo e Isabel Galriça Neto irão por Lisboa, depois de Paulo Portas (número dois da coligação), Cecília Meireles continua pelo Porto, Assunção Cristas por Leiria, Nuno Magalhães mantém-se em Setúbal e Telmo Correia em Braga. É também previsível que Helder Amaral, Filipe Lobo d'Ávila, Abel Batista e João Rebelo se mantenham nas listas.

Fora das listas ficam, por decisão própria, Pires de Lima e Adolfo Mesquita Nunes. Também não vão a votos a deputada Teresa Anjinho e os secretários de Estado Paulo Núncio, João Casanova Almeida e Miguel Morais Leitão.

Miguel Morgado e Pedro Lomba pelo PSD
Do PSD, soube-se mais depressa quem não ia integrar as listas do que os nomes que as integram. A reunião do Conselho Nacional começou só depois das 22 horas, quando chegou Passos Coelho, e por essa hora era dado como certo as exclusões do ex-presidente da Câmara de Sintra Fernando Seara, da activista anti-aborto Isilda Pegado e do deputado e antigo juíz do Tribunal Constitucional Paulo Mota Pinto.

Ao que o PÚBLICO confirmou, os secretários de Estado Pedro Lomba e Manuel Rodrigues serão, pela primeira vez, candidatos a deputados, assim como o assessor político do primeiro-ministro, Miguel Morgado.

No seu discurso inicial, na reunião do Conselho Nacional do PSD, Pedro Passos Coelho agradeceu a todos os deputados, aos que poderão continuar e aos que não voltarão a ser candidatos. Sobre o processo de constituição das listas da coligação Portugal À Frente disse que, ao contrário do PS, não foi pautado por problemas. E para que não restassem dúvidas sobre isso, apelou mesmo aos sociais-democratas para que a reunião desta noite decorresse de forma rápida, para não passar para a comunicação social a ideia errada, a de que não foi um processo pacífico.

Passos afirmou ainda que as listas são satisfatórias e têm em conta o facto de serem feitas em coligação e incluindo também independentes.

A lista de deputados por Leiria foi distribuída à parte nesta reunião, depois de ter sido votada também à parte pela Comissão Política Nacional do PSD, para se decidir se Fernando Costa ficava ou não na lista. Na versão final, o ex-autarca das Caldas da Rainha, actual vereador em Loures, ficou de fora, avançou a Lusa.


 


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