Portas critica equipa de Bento e defende venda rápida do Novo Banco

Líder do CDS peder "profissionais" com "espírito de missão" para acelerar a colocação da instituição no mercado.

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O líder do CDS e vice-primeiro-ministro Paulo Portas defendeu a necessidade de ultrapassar a fase difícil do Novo Banco com “profissionais” e “gente com espírito de missão” e que perceba a urgência em vender a instituição.

 À margem da reforma do IRS e dos elogios aos ministros do CDS só outro tema da actualidade mereceu algumas palavras de Paulo Portas num discurso de 50 minutos na rentreé do partido, em Peniche: o Novo Banco e o BES. “Nós no CDS sabemos distinguir muito bem bancos e banqueiros. Nos bancos ninguém quer problemas,lá estão as nossas poupanças, os nossos ordenados”, começou por dizer.

Sem uma crítica directa, Paulo Portas apontou o dedo ao Banco de Portugal, instituição da qual o CDS tem sido muito crítico no que diz respeito à supervisão e sobre a qual parece manter a exigência. “Queremos uma supervisão eficiente, lutamos por ela há muitos anos. Queremos que se superem etapas difíceis com profissionais e por gente que tinha espírito de missão e gente que perceba que o mais importante é devolver aquele banco ao mercado de modo a não prejudicar as nossas empresas”, afirmou, numa crítica clara à equipa liderada por Vítor Bento, que abandonou o Novo Banco por defender que um plano de médio prazo para a instituição, em vez da sua venda imediata.  

A mesma ideia sobre a necessidade de alienar o Novo Banco e não esperar pela sua reconstrução tinha sido já defendida pelo ministro da Economia, Pires de Lima, e também por um antigo dirigente do CDS, António Lobo Xavier.  

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