Portagens: deputados do CDS-PP pedem reunião de urgência com secretário de Estado

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CDS quer explicações do Governo sobre portagens Melanie Map's

Os deputados do CDS-PP eleitos por Viana, Braga, Porto e Aveiro vão pedir uma reunião urgente ao secretário de Estado dos Transportes para discutir a introdução de portagens naqueles distritos, disse hoje à Lusa o deputado Abel Baptista.

“Queremos saber o motivo do estudo, saber por não é um estudo nacional e está tão focado a norte. Queremos manifestar a nossa preocupação ao senhor secretário de Estado, numa altura em que a economia está tão fragilizada e estes distritos ainda têm alguma dinâmica económica”, afirmou o deputado eleito por Viana do Castelo.

Segundo o deputado centrista, a introdução de mais portagens sobretudo naqueles distritos, que está em estudo pelo Governo, “do ponto de vista económico pode revelar-se bastante complicado”, porque afecta sobretudo “pequenas empresas cujo limite de rentabilidade é já muito pequeno”.

Por outro lado, estas portagens dificultam o acesso a portos, como o de Leixões ou portos na Galiza, apontou.

Abel Baptista disse que se não há discriminação pela região Norte, “pelo menos parece”, porque “se são 15 pórticos, 13 são na região norte e 5 são em Viana”.

A carta para o secretário de Estado dos Transportes segue na segunda-feira, embora o gabinete de Sérgio Monteiro já tenha sido contactado com o teor do pedido, especificou Abel Baptista.

Dos 15 novos pórticos de cobrança de portagens que estão a ser estudados pelo Governo, cinco ficam no distrito de Viana do Castelo. São os casos da A28, entre Viana e Caminha (com dois pórticos) e da A27, entre Viana e Ponte de Lima (com três pórticos). A isto acrescem mais dois pórticos previstos para a A28 - já portajada desde 2010 -, que liga Viana do Castelo ao Porto, mas fora do distrito.

A medida consta de um documento confidencial do executivo, entregue à ‘troika’ em Novembro, durante a sexta avaliação do memorando de entendimento. Contudo, o Ministério da Economia esclareceu que o Governo ainda “não tomou qualquer decisão” sobre a matéria.

 

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