PCP quer 25 de Abril com "pujante" empenhamento popular na demissão do Governo

Comunistas esperam que o povo demonstre que é essencial uma "ruptura com a política de direita" e "devolver aos trabalhadores e ao povo os seus direitos, salários e rendimentos".

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Nuno Ferreira Santos

O PCP apelou nesta terça-feira a que as comemorações populares do 25 de Abril e as manifestações do 1.º de Maio, a decorrer poucos dias depois, sejam uma "pujante afirmação" popular de "empenhamento na exigência da demissão do Governo".

Os comunistas esperam que o povo demonstre que é essencial uma "ruptura com a política de direita" e seja promovida uma outra política "capaz de libertar Portugal da dependência e da submissão, recuperar para o país o que é do país, devolver aos trabalhadores e ao povo os seus direitos, salários e rendimentos, numa inabalável afirmação de confiança e luta pelos valores de Abril no futuro de Portugal".

A posição do partido foi revelada em comunicado subscrito sobre os 40 anos do 25 de Abril assinado pela comissão política do comité central do PCP. "Para o PCP as comemorações do 40.º aniversário da revolução de Abril devem ser um tempo e um momento de afirmar nas ruas a indignação e recusa pelo que estão a fazer ao povo e a Portugal, à sua história e ao seu futuro, um momento de resistência e luta contra esta ofensiva reaccionária, contra as forças que pretendem ajustar contas com Abril, agredindo a democracia, a soberania, a liberdade e o desenvolvimento de Portugal", escreve a comissão política do partido.

A "grave situação que Portugal vive actualmente", advogam os comunistas, "é indissociável da política de direita levada a cabo ao longo dos últimos 37 anos, por sucessivos governos do PS, PSD e CDS, que foram sistematicamente destruindo e combatendo as transformações e conquistas progressistas da Revolução de Abril". Esta "política de intensificação da exploração e destruição dos direitos laborais e sociais dos trabalhadores e do povo português, que afundou a produção nacional, arruinou a economia e endividou o país" é criticada pelo PCP, que reclama uma "política alternativa, patriótica e de esquerda" para Portugal.

"Abril é defender e afirmar o seu carácter revolucionário que não só devolveu a liberdade ao povo e ao País, como realizou profundas transformações políticas, económicas, sociais e culturais", diz ainda a comissão política comunista.

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