PCP diz que carta do Governo não tem "seriedade política"

O convite para um encontro com os partidos e os parceiros sociais foi remetido pelo ministro Miguel Poiares Maduro, depois de aprovada uma estratégia para o Crescimento e o Emprego em Conselho de Ministros. "Propaganda", responde o PCP.

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PCP convida Governo para discussão de propostas dos comunistas Enric Vives-Rubio

Os comunistas reponderam nesta terça-feira à carta do Governo, afirmando que o propósito do Executivo para uma reunião sobre o documento Estratégia para o Crescimento, Emprego e Fomento Industrial 2013/2020, aprovado na semana passada em Conselho de Ministros, é desprovido de “seriedade política”.

“A disponibilidade manifestada pelo Governo para um encontro para debater a denominada Estratégia para o Crescimento, Emprego e Fomento Industrial 2013/2020 não corresponde a um propósito de seriedade política. Na verdade, apresenta-se desprovida de qualquer credibilidade o enunciado de um punhado de medidas e promessas para o crescimento económico subordinadas e amarradas a um programa de ajustamento que é em si mesmo uma condenação ao declínio e à recessão, ao desemprego e à dependência”, justifica o PCP na carta endereçada ao gabinete do ministro Adjunto e do Desenvolvimento regional, Miguel Poiares Maduro.

Na carta, remetida pelo Governo aos partidos da oposição e aos parceiros sociais, Miguel Poiares Maduro refere a disponibilidade do Executivo para um debate “amplo e sério” e para a recepção de propostas dos partidos no quadro “limite do cumprimento das obrigações internacionais que vinculam o Estado português”.

Na nota divulgada pelo gabinete de imprensa do PCP, os comunistas argumentam que o país não precisa de “medidas de propaganda” e que “crescimento económico e criação de emprego são inseparáveis de uma política que liberte o país da dependência e do rumo de exploração”.

O PCP lembra que está agendado para esta quinta-feira a discussão de um projecto de resolução da autoria dos comunistas, que inclui propostas para resgatar o país do declínio económico e social em que se encontra”, convidando o Governo a estar presente no Parlamento para esse debate.

“Se o Governo continuar a considerar oportuna a proposta que nos endereçou, o PCP não deixará de reafirmar nesse momento as posições agora explicitadas ficando a aguardar para o efeito o vosso contacto”, conclui o comunicado do partido.
 
 

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