O secretário-geral do PCP afirmou neste sábado em Peniche que o partido defende há muito uma ruptura de políticas para o país como aconteceu agora na Grécia, dizendo à esquerda portuguesa: "bem-vindos à nossa luta".

"O PCP, nos últimos anos, mais do que ninguém, tem-se batido claramente pela necessidade de uma ruptura e de uma mudança na política nacional, uma política alternativa, portanto se hoje novas forças se juntam com esse sentimento de mudança, então andou bem o PCP nessa sua justa aspiração, pela qual lutou tanto para que este caminho de desastre seja interrompido. Portanto, bem-vindos à nossa luta", afirmou aos jornalistas Jerónimo de Sousa.

O líder comunista falava no fim das Jornadas Temáticas dos Deputados do PCP no Parlamento Europeu, dedicadas à economia do mar.

Questionado sobre a "Marcha da Mudança" do partido Podemos, em Madrid, Espanha, Jerónimo de Sousa disse que o PCP "estive na primeira linha desse combate", durante os últimos três anos em que Portugal esteve sujeito ao programa de ajustamento da troika.

"Antes de isso acontecer em Espanha, já acontecia em Portugal, nas ruas de Lisboa, em grandes manifestações já de exigência por uma mudança. Não vamos atrás de ninguém", acrescentou.

Para o líder comunista, os resultados das eleições legislativas na Grécia revelam "que o povo que lutou contra uma política de opressão e de exploração e empobrecimento manifestou no seu voto o desejo enorme de pôr fim a essa humilhação, a essa exploração" de políticas de austeridade.