Passos promete mais poderes aos municípios nos próximos anos

Primeiro-ministro garante que após seis meses de Governo do Syriza a Grécia está à beira do abismo

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Passos Coelho avisou que sem cortes não há baixa de impostos Nuno Ferreira Santos

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou este sábado que quer concretizar nos próximos anos o processo de descentralização que dê mais poderes e mais competências aos municípios.

Há matérias que têm de ser decididas fora de Lisboa e nuns casos as autarquias, noutros as comunidades intermunicipais deverão vir a conhecer uma maior atribuição e competências num futuro próximo, defendeu.

O primeiro-ministro falava, em Mogadouro, na sessão de encerramento da convenção autárquica do PSD e do CDS-PP do distrito de Bragança, em que começou por elogiar a “experiência autárquica extremamente positiva” dos dois partidos.

Esta experiência capacita os autarcas, no entender de Passos Coelho para “uma liderança maior” em áreas como a saúde, a educação e dos apoios sociais.

O líder do PSD apontou ainda que os municípios estão hoje mais apetrechados e aptos a receber essas competências.

Passos Coelho fez um discurso de 40 minutos em torno do balanço dos últimos quatro anos do Governo de coligação PSD/CDS-PP e afirmou que os tempos difíceis que o país atravessou foram também superados “porque houve uma boa conjugação entre administração central, a administração local e as instituições sociais.”

O líder do PSD dirigiu-se ainda àqueles que julgavam que o Governo ia ser mal sucedido para afirmar que “calcularam mal”. “Apesar das dificuldades que eles levantaram, esta história acabou bem”, enfatizou.

Passos insistiu que o que o seu executivo teve de lidar com uma situação resultante fez “de um modelo que não era sustentável” e “regressar a esse modelo é não só persistir num erro, como condenar o país a repetir o mesmo custo”.

“Hoje sabemo-lo de experiência que pode ser observada, como certa orientação política pode em matéria económica ter um custo muito maior”, afirmou, apontando como “em seis meses, a Grécia está outra vez à beira do abismo financeiro”.

“Depois de cinco anos de políticas cheias de dificuldade, como foi possível regressar a um tempo em que em vez de excedentes orçamentais parece haver défice, em que a economia em vez de estar a crescer está outra vez em recessão, em que não há dinheiro em lado nenhum e suspeita-se que a breve prazo não haverá dinheiro para pagar salários”, concretizou.

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