Passos não quer país à mercê de “capricho político” do PS

Portas relembra declarações de António Costa enquanto comentador político.

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Fotos Miguel Manso
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Sem largar a reforma da Segurança social, Passos Coelho colocou em cima da mesa o que está em causa nas eleições de 4 de Outubro: “o país não pode estar à mercê do capricho político de ou me deixam governar ou não governa ninguém”. O destinatário era António Costa, líder do PS, mas não foi identificado.

No jantar-comício de Faro, desta vez ao ar livre, o candidato a primeiro-ministro do PSD/CDS defendeu a necessidade de “ter um estado isento”, que “não esteja a defender privilégios, um ou outro grupo económico, mas todos os portugueses” de “governantes que não governem para as suas clientelas”. Nesse sentido, prosseguiu, sustentou que o país no dia 4 de Outubro “não pode estar à mercê do capricho político – ou me deixam governar ou não governa ninguém”. Essa tem sido a posição assumida pela coligação PSD/CDS sobre o anúncio de António Costa de votar contra o próximo Orçamento de Estado, caso a aliança vença as eleições.

As legislativas são “uma grande oportunidade que não é só voltar para trás mas também dar um passo em frente”. Foi um remate de um discurso em que Passos Coelho recordou, por exemplo, as poupanças com os medicamentos conseguidas pelo Governo e com a renegociação das Parcerias Público-Privadas.

Na mesma intervenção, Passos Coelho aproveitou para corrigir um lapso seu sobre o pagamento antecipado ao FMI de 5,4 mil milhões de euros anunciado num almoço de campanha em Beja. Admitiu não ter “nenhum problema” em corrigir e afirmou: "A 15 de Outubro, vamos pagar 5,4 mil milhões de euros, não é ao FMI, são Obrigações do Tesouro que foram contraídas há dez anos pelo Governo socialista e que nós, agora, vamos amortizar à dívida pública portuguesa". O primeiro-ministro adiantou ainda que já foram pagos mais de oito mil milhões de euros em reembolsos antecipados desde o início do ano.

Costa comentador
No comício com jantar volante, o líder do PS voltou a ser o alvo de Paulo Portas. O presidente do CDS recordou António Costa na pele de comentador, no programa Quadratura do Círculo. “Sabem o que dizia o doutor António Costa comentador, antes de ser secretário-geral do PS? Eu vou passar a citar. Aspas: "A ideia é que - para haver as condições de governabilidade em Portugal, PS e o PSD devem oferecer condições reciprocas de governabilidade, por regra, abstendo-se em instrumentos fundamentais de governação'", afirmou. Portas admitiu que a evolução é possível mas no caso do líder socialista “foi para pior”.

A citação está incompleta, já que Costa, nessa mesma ocasião, defendeu ter sido um erro António José Seguro, na altura líder do PS, não ter votado contra o Orçamento do Estado de 2012 por conter propostas que não constavam do memorando de entendimento da troika.

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