Passos eleva a fasquia em matéria de autárquicas

No encerramento da convenção autárquica distrital do PSD de Lisboa, que decorreu em Cascais, Passos Coelho disse acreditar numa "difícil" vitória do PSD nas eleições locais de 2017.

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Passos acredita na vitória do PSD nas autárquicas Nuno Ferreira Santos/Arquivo

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, mostrou-se hoje confiante numa vitória do partido nas autárquicas de 2017, admitindo que a preocupação dos sociais-democratas não se esgota nessas eleições, mas centra-se no futuro do país. “Creio que está ao nosso alcance, embora saibamos que esse é um resultado difícil, ganhar as eleições autárquicas”, afirmou o ex-primeiro-ministro, no encerramento da convenção autárquica distrital do PSD de Lisboa, que decorreu ontem em Cascais.

Considerando que as autárquicas são “muito importantes” para o próximo ciclo de governação local, Passos Coelho disse que “o tempo até essas eleições ocorrerem é também um tempo muito importante para Portugal" que "não se esgota, do lado do PSD, na preocupação das eleições autárquicas”.

“Eu hoje estou preocupado com o que se passa no nosso país”, afirmou Pedro Passos Coelho, criticando o actual governo socialista (com apoio parlamentar do PCP, Bloco de Esquerda e Verdes) por ter “invertido uma tendência positiva”, pela relação com a União Europeia e pela “demagogia barata”.

Para o líder do PSD, o executivo liderado por António Costa “governa não a pensar na prosperidade, mas no discurso. Como se estivesse empenhado em eleições daqui a três, quatro ou cinco meses. E não como quem está a pensar no país que vamos ter daqui a três ou quatro anos”. E defendeu: “Se estivesse preocupado com país, estaria a governar o país de forma totalmente diferente. A política não se faz para conquistar câmaras e freguesias, para poder dizer que temos um maior número do que os outros. Faz-se porque aquilo que nos move é a ideia de que temos um bom projeto”, salientou.

Pedro Passos Coelho insistiu ainda na crítica ao Bloco de Esquerda, que disse na sua convenção que, caso a Comissão Europeia avance com sanções contra Portugal por défice excessivo, colocará na agenda um referendo em Portugal sobre a Europa. “O que eu vi hoje do Bloco de Esquerda mostra a enorme desconsideração com que se olha para os portugueses. Os portugueses são instrumento da sua luta política, não o objectivo da sua luta política”, comentou o líder do PSD.

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