Passos Coelho recusa perdão da dívida à Grécia

Novos prazos de pagamento ou novas maturidades podem ser a solução, admite o primeiro-ministro.

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Passos Coelho Enric Vives-Rubio

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, recusou este sábado a possibilidade de um perdão de dívida à Grécia e alertou que o tempo para alcançar uma proposta adequada para que o país tenha acesso a um terceiro resgate está a escassear.

“Não creio que seja fácil a algum primeiro-ministro na Europa dizer ao seu país que se vai perdoar muito milhares de milhões de euros que fazem falta a essas economia e a esses países”, afirmou Passos Coelho defendendo que o que se irá tentar fazer será “encontrar uma forma de facilitar o pagamento dessa dívida”.

Isso passará, segundo o primeiro-ministro, por “alargar os prazos de pagamento da dívida” ou “alargar o período durante o qual a Grécia não deverá pagar juros desse dívida” mas, alertou, “o tempo está a escassear” e só haverá razões para “optimismo” se durante o fim-de-semana se chegar a uma solução.

“Se [encontrar um proposta adequada] couber neste fim-de-semana há razões para estarmos optimistas e para acreditar que sairemos amanhã de Bruxelas com a ideia de que haverá um terceiro programa para a Grécia” afirmou.

Sublinhando a “degradação muito significativa” nas condições na Grécia, Passos Coelho sublinhou a importância de “virar esta página muito negativa das condições sociais e económicas que se estão a viver no país”.

Segundo Passos, “não será por falta de solidariedade que não teremos uma solução” mas o tempo desperdiçado e a “quebra de confiança entre aquilo que está a ser negociado e aquilo que está a ser assumido” obriga a “cuidados redobrados para que não estejamos todos neste fim-de-semana a aprovar um novo pacote de ajuda á Grécia e daqui a meio ano estarmos a dizer que ele não funciona”.

“É preciso que desta vez a solução encontrada seja de facto uma solução”, concluiu o primeiro-ministro.

Passo Coelho falava em Óbidos, à margem da inauguração dos edifícios centrais do Parque Tecnológico Coelho, onde era aguardado por cerca de 30 manifestantes da CGTP que contestavam a municipalização do ensino e reivindicavam uma mudança de política.

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