Estudantes recebem Passos Coelho com protestos em Lisboa

Manifestantes foram proibidos de entrar no auditório onde o primeiro-ministro iria discursar.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, foi cercado por estudantes à chegada, nesta manhã, ao Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), em Lisboa, onde vai participar num debate sobre a reforma do Estado.

Houve empurrões, alguns estudantes caíram ao chão enquanto gritavam “demissão, demissão, demissão” e “está na hora de o Governo se ir embora”, entre outras frases de protesto.

Passos Coelho conseguiu entrar no auditório onde vai participar na sessão de abertura do ciclo de conferências Sociedade Aberta e Global, mas depois os seguranças fecharam as portas e os estudantes foram proibidos de entrar.

A sala, onde só podiam entrar jornalistas e as pessoas que pretendam participar na conferência, estava semivazia. Lá dentro ouviam-se as vozes das várias dezenas de manifestantes, que cantaram o hino nacional Grândola, vila morena, de José Afonso, e pediam a demissão do Governo.

Mas quando Passos Coelho começou a discursar deixaram de se ouvir as palavras de ordem dos estudantes. A maioria foi entretanto abandonando a zona junto à entrada do auditório onde se encontrava o primeiro-ministro, à medida que o tempo passava e enquanto decorriam as intervenções da presidente do Instituto Nacional de Administração, Mafalda Lopes dos Santos, e do presidente do ISCSP, Manuel Meirinhos.

À saída, já eram poucos os alunos que estavam no átrio e quando se aperceberam de que o primeiro-ministro ia sair ainda tentaram aproximar-se dele, gerando novamente alguma confusão nas escadas que dão acesso à porta do edifício. Passos Coelho entrou no carro e abandonou a universidade sem grandes perturbações.

Da última vez que Passos Coelho esteve no ISCSP, no final de Setembro de 2012, foi também insultado por estudantes durante a homenagem a Adriano Moreira.  O aluno que insultou o governante foi alvo de inquérito disciplinar. Foi-lhe aplicada uma medida de “advertência sem consequências disciplinares”.
 

 

 

 
 

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