Passos acusa Governo de dar com uma mão "o que está a tirar a todos"

Orçamento de 2016 é o fim da ilusão socialista, acusa presidente do PSD.

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Passos Coelho voltou a garantir "uma viragem na tendência económica" até ao final do ano GEORGES GOBET/AFP

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou este sábado o Governo socialista de promover um grande aumento de impostos para “dar com uma mão a uns aquilo que está a tirar a todos os outros”.<_o3a_p>

O líder social-democrata afirmou, em Bragança, na apresentação da sua recandidatura, que “os portugueses não estavam à espera da estratégia apresentada pelo Governo de António Costa para o Orçamento do Estado de 2016, que entende não ser correcta.<_o3a_p>

Para o ex-primeiro-ministro, as escolhas socialistas mostram “em primeiro lugar um risco de incumprimento que é muito elevado”, lembrando que várias entidades nacionais e internacionais já chamaram a atenção para esses riscos.<_o3a_p>

“Do meu ponto de vista, aquilo que o Orçamento traz, e que não é bom, é um grande aumento dos impostos que vão prejudicar sobretudo as empresas e a classe média. A retoma da economia faz-se em nome de não ter um défice maior para poder andar mais depressa na restituição de salários na Administração Pública e para poder fazer várias concessões de reversão de políticas que tinham sido feitas no passado e que tinham uma incidência estrutural sobre a economia”, sustentou.<_o3a_p>

Para o ex-primeiro-ministro, se hoje o PS “está a arriscar mais, devolvendo mais rapidamente certos rendimentos, é porque vai buscar com a outra mão aos impostos e porque cria riscos”, o que não é maneira de criar confiança e segurança quanto à estratégia de médio prazo”.<_o3a_p>

Passos Coelho reivindicou ainda que muito do que o PS está a fazer se deve ao trabalho feito pelo anterior executivo PSD/CDS-PP.<_o3a_p>

O líder do PSD vincou que, “se fosse primeiro-ministro, não ia deixar de procurar acelerar a remoção de medidas de austeridade para que o país possa viver crescentemente em normalidade, mas não ia fazer um programa demasiado arriscado que pudesse trazer a intranquilidade de tropeçar amanhã e voltar atrás no ano seguinte”.<_o3a_p>

Ainda assim, o presidente do PSD considerou que o Orçamento do Estado para 2016 “é o fim da ilusão socialista porque não é definitivamente aquilo que se tinha comprometido fazer”.<_o3a_p>

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