Participação nas europeias deste ano afinal foi a mais baixa de sempre

Dados sobre o apuramento total nos Estados-membros da União Europeia foram divulgados por Bruxelas.

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O país assiste a uma fragmentação de voto à esquerda ENRIC VIVES-RUBIO

A taxa de participação nas eleições europeias de Maio foi a mais baixa de sempre, 42,54%, segundo números finais do Parlamento Europeu que contrariam a impressão inicial de uma inversão na tendência decrescente das últimas três décadas.

Os primeiros resultados, divulgados a 25 de Maio pouco depois do fecho das urnas, estabeleciam a participação em 43,09%, mais um ponto percentual que a registada nas eleições de 2009 (43%).

Com base nesses números, dirigentes políticos europeus saudaram a ligeira subida como um ponto de viragem na curva decrescente da participação em eleições europeias desde 1979. O porta-voz do Parlamento Europeu, Jaume Duch, qualificou mesmo aquele resultado de "histórico".

As páginas na internet de actualidade europeia EUObserver e EurActiv noticiaram esta semana que os números finais da participação eleitoral nos 28 Estados-membros foram "discretamente divulgados" na página do Parlamento Europeu no dia 25 de Julho, dois meses após as eleições e durante o período de férias das instituições europeias.

Ao EUObserver, um porta-voz do PE afirmou que os resultados finais continuam a ser animadores. "Quando olhamos para o resultado final e o estimado no final de Maio vemos números muito próximos. O resultado final, ligeiramente mais baixo que o de 2009, confirma que a forte tendência de descida dos anos anteriores foi travada", disse.

Em Portugal, os resultados finais estabelecem a participação em 33,67%, ligeiramente inferior à apontada inicialmente, de 34,5%, mas que confirma o facto já então destacado de ter sido a mais baixa de sempre em eleições europeias. Entre os 28, Portugal registou a nona participação mais baixa.

Os números finais do Parlamento Europeu indicam que a participação eleitoral variou entre 13,05% na Eslováquia e 89,64% na Bélgica. No cimo da tabela, liderada pela Bélgica, estão o Luxemburgo (85,50%), Malta (74,80%), Grécia (59,97%), Itália (57,22%) e Dinamarca (56,30%). No fundo, além da Eslováquia, estão a República Checa (18,20%), Polónia (23,83%), Eslovénia (24,55%) e Croácia (25,24).

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