Oposição leva Grécia ao Parlamento

Vitória do Syriza encoraja BE, PCP e PS a regressar ao tema da austeridade e reestruturação da dívida.

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Todos os partidos condenam sanções, mas ainda não acertaram como o vão fazer DR

O BE vai desafiar a maioria e o PS a revelarem o que pensam sobre a reestruturação da dívida. O PS vai levantar a questão das políticas da austeridade. E o PCP vai encarar o quadro europeu e abordar a necessidade de Portugal se libertar dos seus constrangimentos.

No rescaldo das eleições na Grécia, os partidos da oposição tencionam aproveitar a chegada ao poder do Syriza para fazer um debate esta quarta-feira na Assembleia da República.

Da parte do Bloco de Esquerda, caberá à coordenadora Catarina Martins a palavra sobre o impacto da eleição de Alexis Tsipras. O tema central da sua intervenção será o reforço do tema da reestruturação da dívida na agenda política da Europa, uma vez que essa tem sido uma das bandeiras levantadas pelo Syriza. O impacto dessa questão em países como Portugal, Irlanda, Espanha  e Itália e o falhanço das políticas da austeridade levarão Catarina Martins a desafiar os partidos do arco de governação para que assumam as suas posições sobre a saída para a presente situação.

O PS também não vai deixar escapar o tema. Será o ex-ministro Vieira da Silva a tomar a palavra para abordar a situação política europeia e as consequências para as prioridades políticas nacionais. O PCP confirmou também ao PÚBLICO que tenciona olhar para o quadro europeu e a voltar a discutir a necessidade de Portugal se libertar dos seus constrangimentos.

Os dirigentes dos partidos portugueses da oposição têm reagido de forma entusiasta à vitoria do partido grego. No passado domingo, depois de apelidar o Syriza como “partido-irmão”, Catarina Martins saudou a vitória “da dignidade contra a austeridade, a vitória da democracia contra a chantagem". Também António Costa reagiu à eleição de Tsipras: "É mais um sinal da mudança da orientação política que está em curso na Europa."

Por seu turno, o PCP, através do eurodeputado João ferreira, destacou a “derrota para aqueles que, no quadro da União Europeia, procuraram - através de pressões, chantagens e ingerências inaceitáveis - condicionar a expressão eleitoral de profundo descontentamento e de profunda vontade de mudança que percorre a sociedade grega”.

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