Oposição considera insuficiente demissão de Pais Jorge

Reacções do PS, PCP e BE à demissão do secretário de Estado do Tesouro têm em comum a ideia de que saída de Pais Jorge não basta.

Foto
João Ribeiro explorou contradições no interior do PSD NELSON GARRIDO

Para o PS, o primeiro-ministro tem de explicar se confia na sua ministra das Finanças. No BE, exige-se a demissão de Maria Luís Albuquerque. Os comunistas defendem a queda do Governo.

“Este processo não começou agora e não vai terminar agora”, alerta João Ribeiro, ao recordar que na comissão de inquérito aos swaps “cinco pessoas colocaram em causa as declarações da ministra das Finanças”. Daí que, para os socialistas, o primeiro-ministro tenha de esclarecer “se mantém a confiança na sua equipa das Finanças, a começar pela titular do cargo”. “Com esta, são já seis remodelações num só ano”, assinala o porta-voz do PS que vê neste processo a demonstração de estar perante “um Governo a prazo”.

O PCP, através do dirigente comunista Jorge Cordeiro, ainda antes de se conhecer a demissão, defendera que não ser suficiente a demissão de um ou outro membro do Governo, eventualmente envolvidos nos "ruinosos" negócios swap, e que "todo o Governo não tem condições para governar". "Mais importante que saber quem mente, é a natureza do problema, é o tráfico de influências com o poder económico", afirmou Jorge Cordeiro, numa conferência de imprensa esta quarta-feira de manhã em Lisboa.

Por seu turno, o coordenador do Bloco de Esquerda, João Semedo, exige mais: “A demissão do secretário de Estado não dispensa a demissão da ministra, na medida em que foi ela quem o nomeou e, em segundo lugar, a própria ministra está envolvida numa série de trapalhadas e mentiras que exigem a sua demissão.”
 
 

Sugerir correcção
Comentar