Onze jovens comunistas detidos no Porto já estão em liberdade mas dois foram acusados

A PSP tinha detido os 11 militantes da Juventude Comunista Portuguesa na sexta-feira, enquanto pintavam um mural.

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Tiago Vieira, da Direcção Nacional da JCP, considera a detenção ilegal Enric Vives-Rubio

Os 11 militantes da Juventude Comunista Portuguesa (JCP) detidos na sexta-feira no Porto foram libertados, tendo dois deles sido acusados de resistência à autoridade.

Os jovens foram detidos na noite de sexta-feira, numa escola do Porto, por pintarem um mural alusivo aos dois anos de Governo de Pedro Passos Coelho, disse à Lusa Belmiro Magalhães, da Direcção de Organização Regional do Porto (DORP) do PCP, à porta da esquadra de Cedofeita, no interior da qual os jovens se encontravam.

Dois dos 11 vão ser levados a tribunal por “resistência e coacção” sobre os agentes da força policial, disse à Lusa fonte da Polícia de Segurança Pública (PSP). De acordo com a PSP, a situação teve lugar pouco depois das 20h00 de sexta-feira, tendo a libertação ocorrido algumas horas depois.

Tiago Vieira, da Direcção Nacional da JCP de Lisboa disse à Lusa que os jovens vão ser ouvidos em tribunal na próxima terça-feira. “Hoje [sexta-feira], dia em que se assinalam dois anos sobre a tomada de posse do Governo, 11 jovens do Porto, militantes da Juventude Comunista Portuguesa, foram detidos por exigirem a demissão do Governo através de uma pintura mural”, referiu a JCP em comunicado divulgado no respectivo site.

O documento acrescentava que “a pintura mural é um direito constitucionalmente consagrado. O que é ilegal é a detenção destes jovens, o roubo nos subsídios e nos apoios sociais, a retirada do passe escolar, o corte nas bolsas, a transferência de milhares de milhões de euros públicos para a banca e o infame roubo a que esta geração está a ser sujeita”.
 
 
 
 

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