OE sob vigilância

Finalmente, há Orçamento de Estado para 2015. Foi ontem aprovado, no Parlamento, no meio de discursos significativos e de uma votação que pode fazer estragos no PSD devido aos quatro votos contra dos deputados da Madeira. Apesar de prudente, o Governo fala da abertura de um “novo ciclo”, que alegadamente se iniciará se for atingida a meta dos 2,7% de défice prevista neste macro documento. Se assim for, o país sairá do procedimento de défice excessivo, um trunfo decisivo para o Executivo cumprir a sua estratégia de ataque às legislativas do próximo ano. Prevê-se, portanto, uma vigilância cerrada ao cumprimento desta meta orçamental por parte da oposição, que contrapôs, ao optimismo do Governo, a ideia de uma equipa em “fim de ciclo”, preocupada em “comprar tempo” para gerir os efeitos de algumas medidas de desagravo sobre salários e pensões. Por isso, o OE será uma arma de arremesso político decisiva para os dois lados da barricada.

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