O alvo de Alberto João

Jornal da Madeira chegava a receber valores próximos dos cinco milhões de euros por ano do erário público.

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Alberto João Jardim proibia a publicidade no Diário de Notícias da Madeira daniel rocha

Nos últimos anos do jardinismo, o DN Madeira foi muito criticado por Alberto João Jardim. Primeiro ostracizado e depois declaradamente hostilizado, o matutino foi o alvo, quase diário, dos excessos de linguagem do ex-presidente do governo madeirense que, além de proibir toda e qualquer publicidade institucional da administração regional naquele jornal, ainda pressionava os empresários locais a fazer o mesmo.

Paralelamente, ia instrumentalizado o Jornal da Madeira, propriedade da região, que alimentava à custa de suprimentos que chegaram a atingir valores próximos dos cinco milhões de euros por ano.

Com a saída de cena de Alberto João Jardim, o governo de Albuquerque prometeu acabar com a distorção no mercado e vender o Jornal da Madeira. Uma operação que espera estar concluída até ao final do ano.

Mas agora, o foco das críticas da oposição vai para o DN Madeira. O gerente executivo da empresa não compreende. “Continuaremos a angariar e a inserir nas nossas edições publicidade seja ela institucional, das autarquias ou privada (como qualquer jornal), garantindo como sempre que estes relacionamentos comerciais não se imiscuem, nem limitam a independência editorial do Diário”, respondeu José Câmara, numa nota publicada no matutino.

 

 

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