O 3º round

O estilo do debate foi o mesmo, num tom zangado que sugere ressentimentos, que não serão fáceis de superar, após as eleições do dia 28.

Voltaram de novo os ataques pessoais, sobre o passado e repetiram-se os mesmos argumentos dos anteriores debates.

O debate melhorou quando se discutiu a proposta de Seguro de alteração da lei eleitoral. Com a actual lei eleitoral e os níveis de abstenção típicos das legislativas, com cerca de 25% dos votos dos eleitores registados é possível a um partido obter uma maioria absoluta. Seguro quer baixar essa fasquia e parece pensar que os portugueses não percebem isso. Seguro perde credibilidade ao defender a bondade de tal proposta. Costa esteve bem neste ponto ao argumentar que tal proposta é inoportuna, aproveitando para atacar Seguro ao sugerir que é uma forma de ganhar uma maioria absoluta na secretaria, insinuando que é o que também ocorre dentro do PS.

Portanto, pouca substância. Muitos ataques. Seguro esteve mal, remoeu o passado e vitimizou-se de novo. O seu objectivo deveria ser apresentar o que vai fazer e mostrar a diferença, face a Costa, pela positiva. Costa esteve melhor mas deixou-se levar pela discussão, e não foi capaz de ultrapassar os ataques de Seguro e dizer o que pensa sobre o futuro.

Esperemos então pela decisão dos militantes e simpatizantes do PS.

 

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