O ex-braço direito de Paulo Portas no CDS, Luís Nobre Guedes, foi eleito nesta terça-feira para o Conselho Nacional do partido, numa eleição na Assembleia Distrital de Lisboa em que o Movimento Alternativa e Responsabilidade (MAR) elegeu outros três membros para o mesmo órgão. O resultado surpreendeu o presidente da distrital, Telmo Correia.

Luís Nobre Guedes regressa, assim, ao Conselho Nacional do CDS pela mão do MAR, corrente interna crítica da actual direcção, sete anos depois de ter saído.

Nestas eleições para o Conselho Nacional – em que a maioria dos membros é eleita em congresso – a lista do MAR encabeçada por Nobre Guedes obteve 26 votos (em 88 militantes que votaram) e conseguiu eleger quatro membros. Entraram para o Conselho Nacional - órgão máximo entre congressos - Pedro Barros Ferreira, Pedro Afonso e Frederico Pimentel.

A lista apoiada pela direcção, encabeçada por Diogo Moura, obteve 62 votos e elegeu nove elementos.

Telmo Correia, também presidente do Conselho Nacional, admitiu ao PÚBLICO ter ficado surpreendido com o número de eleitos pelo MAR e justifica o resultado com a votação com a “mobilização” daquela corrente interna.

Depois de ter estado em ruptura com Paulo Portas, Nobre Guedes reconciliou-se publicamente com o líder do partido no congresso de 2011. Já no conclave deste ano, Nobre Guedes fez uma intervenção em que defendeu uma “mudança do sistema”, depois de falar do “sonho” que teve com Paulo Portas há 25 anos para mudar o país e que falhou.