Guiné Equatorial: no 163.º lugar no ranking da transparência

Até Abril, Portugal exportou 19,3 milhões de euros para a Guiné Equatorial.

Foto
Obiang e Cavaco Silva numa reunião da CPLP em 2008, em Lisboa NACHO DOCE/REUTERS

País rico, o terceiro produtor de petróleo na África subsariana, depois da Nigéria e de Angola, a Guiné Equatorial é um destino cobiçado para muitas empresas das mais diversas latitudes.

No universo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o Brasil foi o país que mais investiu em Malabo. Por duas vezes, enquanto Presidente, e uma terceira, à frente de uma delegação comercial, Lula da Silva esteve na capital da Guiné equatoriana.

As principais construtoras brasileiras disputam os mais diversos contratos no domínio das infra-estruturas, praticamente inexistentes, ao arrepio de considerações políticas e sempre em obediência à praxis dos interesses económicos e apesar de, nos índices básicos da segurança jurídica no mundo dos negócios, o país governado há 35 anos por Teodoro Obiang ter péssimo desempenho. O sítio do AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) revela que o ambiente de negócios é, pelo menos, peculiar: 163.º posto na transparência, segundo dados de 2013, e 166.º lugar quanto à facilidade de negócios, de acordo com estatísticas já deste ano.

Talvez por isso, pela insegurança jurídica e dificuldade de investimento autónomo, entre Janeiro e Abril de 2014, o INE apenas registou 19,3 milhões de exportações de Portugal para Malabo, enquanto as importações de produtos da Guiné Equatorial ascenderam a 11,3 milhões de euros. Assim se compreende que aquele país, nos primeiros quatro meses deste ano, ocupasse o 50.º posto como cliente de Portugal e o 62.º lugar como fornecedor. De lá vêm, fundamentalmente, combustíveis minerais. Para Malabo, as empresas portuguesas exportam metais, químicos e máquinas.

Quanto às relações económicas de Portugal com os outros países da CPLP, no primeiro trimestre deste ano Angola era o 6.º fornecedor e 4.º cliente, e o Brasil ocupava, respectivamente o 12.º e 24.º lugares. Moçambique estava no 22.º posto como cliente e no 79.º como fornecedor, enquanto Cabo Verde aparecia como 27.º cliente e 85.º fornecedor.

  

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