Muitas crises económicas na história geraram conflitos armados, avisa Jardim

O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, alertou esta terça-feira para o facto de ser necessário cuidado na forma como são geridas as crises económicas, porque muitas vezes na História estas acabaram por gerar "conflitos armados".

"É preciso muito cuidado porque se as crises económicas não forem tratadas como deve ser podem extremar as dificuldades e, quando as dificuldades extremam, a História ensina que acabamos sempre por mergulhar em conflitos armados", disse o líder madeirense numa visita à conclusão das obras de construção de um conjunto de infra-estruturas de regadio agrícola no sítio de São Lourenço, freguesia da Fajã da Ovelha, concelho da Calheta.

Jardim sublinhou que as maiores economias do mundo também atravessam dificuldades, o que, no seu entender, "faz crer que estamos no final de um ciclo político-económico e que algo de novo vai suceder no nosso planeta".

"Infelizmente, noutras ocasiões, crises destas desembocaram em guerras. Creio que apesar de alguns sinais desagradáveis que vemos no mundo, desta vez, os homens ganharam outra consciência, as populações ganharam hábitos de conforto e consumo, que ninguém vai arriscar o futuro uma guerra", argumentou o líder madeirense.

O governante insular destacou que "a agricultura conseguiu, neste momento de dificuldades, aguentar-se muito bem e demonstrar o seu valor sólido como factor económico de sustentação de uma conjuntura e enfrentar uma crise". "A agricultura constituiu uma espécie de Telexfree neste tempo de crise", disse Jardim, opinando que "muita gente tem sabido gerir os seus lucros" neste projecto de investimento através da Internet.

Segundo o presidente do executivo regional, "não há dúvida que, mais uma vez, se mostrou e demonstrou que a terra nunca perde o seu valor" sobretudo porque "quando explorada inteligentemente produz valor e é rentável". Jardim concluiu que "já foi muita coisa" que afectou a Madeira, desde as tempestades 2009, a catástrofe em 2010 e os incêndios, pedindo "às senhoras que têm mais jeito benzeduras porque há aqui olhado roxo em cima do povo madeirense".

As obras visitadas por Jardim foram efectuadas para melhorar um conjunto de infra-estruturas atingidas pelas intempéries, tendo beneficiado de forma directa um total de 190 explorações agrícolas, representando um investimento na ordem dos 1,3 milhões de euros.

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