Morreu Maria Eugénia Cunhal

Irmã de Álvaro Cunhal, militante do PCP, jornalista e escritora tinha 88 anos.

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Maria Eugénia Cunhal Bruno Castanheira

Morreu Maria Eugénia Cunhal, irmã mais nova do antigo líder comunista Álvaro Cunhal.

Eugénia Cunhal, de 88 anos, era militante do PCP, jornalista e escritora. A morte foi revelada nesta quinta-feira pelo secretariado do comité central do partido.

O corpo de Maria Eugénia Cunhal estará em câmara ardente na sociedade Voz do Operário, em Lisboa, a partir das 11h de sexta-feira. A cerimónia fúnebre, que culmina no cemitério do Alto de S. João, começará pelas 11h de sábado, até à cremação, prevista para as 12h.

Os dirigentes comunistas expressam "profunda mágoa e tristeza" pelo falecimento de Eugénia Cunhal, pessoa com "uma vida dedicada à luta contra o fascismo, pela liberdade, contra a exploração capitalista, pela democracia, pela paz, o socialismo e o comunismo", dirigindo "aos seus filhos, neta e restante família as suas sentidas condolências".

Maria Eugénia Cunhal, 14 anos mais nova que o histórico secretário-geral comunista, falecido em 2005, pertencia ao sector intelectual (artes e letras) da Organização Regional de Lisboa do PCP, foi detida pela polícia política do Estado Novo aos 18 anos, sendo ainda presa para interrogatórios noutras ocasiões, enquanto Álvaro Cunhal se encontrava na clandestinidade.

Professora, tradutora, jornalista e escritora foram as suas ocupações profissionais, tendo publicado as obras O Silêncio do Vidro (1962), História de Um Condenado à Morte (1983), As Mãos e o Gesto (2000), Relva Verde para Cláudio (2003) e Escrita de Esferográfica (2008), além da primeira tradução para português dos contos de Tchekov, Os Tzibukine (1963).

 

 

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