Ministro do Emprego diz que este não é o momento para cortar salários

Pedro Mota Soares falou em Matosinhos, nas Jornadas Autárquicas do CDS, e disse que não é o momento para se ir mais longe no memorando da troika.

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Pedro Mota Soares, ministro do Emprego, vai encetar nova revisão da lei laboral Enric Vives-Rubio (arquivo)

O ministro do Emprego e da Solidariedade Social, Pedro Mota Soares, deixou este sábado claro que “este não é o momento [de o Governo] ir mais longe” nos cortes salariais em curso, rejeitando, desta forma, a pretensão defendida há dias pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).

Em Matosinhos, numa declaração aos jornalistas, depois de ter usado da palavra nas Jornadas Autárquicas do CDS, que marcam a rentrée política do partido liderado por Paulo Portas, o ministro disse que “a troika sabe o que o Governo pensa sobre esta matéria, sobre a matéria do mercado laboral e um dos elementos da troika gostava que o Governo fosse mais longe”.

“Eu gostava de relembrar que já cumprimos integralmente tudo o que estava previsto”, salientou. “Escolhemos fazê-lo em diálogo com os parceiros sociais, assinámos mesmo um acordo de concertação social, muitas das coisas que estavam nesse acordo começam agora a dar os seus frutos, começam a existir sinais positivos na economia portuguesa e por isso mesmo entendemos que não é o momento para irmos mais longe para além daquilo que fizemos e que estava no memorando”, acrescentou.

Antes, o deputado do CDS e candidato à presidência da Assembleia Municipal de S. João da Madeira, João Almeida, fez uma das intervenções mais aplaudidas pelos participantes na convenção autárquica, defendo um novo modelo de reorganização autárquica. “A última reforma administrativa deixou de fora a extinção de municípios e isso é algo que tem de voltar a estar na agenda política a seguir a estas eleições”, afirmou em jeito de desafio aos candidatos do partido

Logo no início da intervenção, João Almeida, porta-voz do partido, disse que “quem quer fazer destas eleições umas eleições legislativas antecipadas não respeita os eleitores, quem esconde os seus candidatos para tornar esta eleição uma eleição nacional é porque não tem os melhores candidatos (…) não é o nosso caso”.

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