Ministro da Defesa quer NATO reforçada e adverte contra "experimentalismos políticos"

Aliança Atlântica foi fundamental para a implantação democrática, diz Aguiar-Branco

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O ministro da Defesa Nacional, Aguiar-Branco, defendeu esta terça-feira que o futuro de Portugal na NATO não pode ser questionado e considerou que o tempo actual não permite "experimentalismos políticos" e, pelo contrário, exige um "reforço de eficiência".

"Se alguma coisa acontecer, os nossos amigos aliados vão ajudar tal como nós fizemos no passado e tal como continuaremos a fazer. É por isso que o futuro de Portugal na NATO nunca pode estar em questão", afirmou José Pedro Aguiar-Branco, intervindo na sessão de abertura do Fórum Internacional da Indústria da NATO, em Lisboa.

O ministro considerou que Portugal deve ter um papel activo na NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e que esse objectivo deve estar "no topo das prioridades" políticas de "qualquer Governo", advertindo que não é o tempo para "experimentalismos políticos".

Questionado pelos jornalistas, após a sessão de abertura do Fórum, sobre se um Governo de maioria de esquerda poderia prejudicar a presença de Portugal na NATO, Aguiar-Branco disse que "o contributo de Portugal para a Aliança Atlântica deve ser indiscutível ainda mais num momento de grandes ameaças internacionais, complexas e muito exigentes".

A presença de Portugal na Organização do Tratado do Atlântico Norte "é uma linha divisória, estrutural, que não pode ser escamoteada" e, pelo contrário, "exige-se um reforço de eficiência, uma resposta mais pronta para esse tipo de ameaças".

Questionado sobre se é realista a defesa da saída de Portugal da NATO, tal como advogam o PCP e o BE, Aguiar-Branco considerou que "do ponto de vista da opção ideológica tem que se respeitar" mas, do "ponto de vista de país, [a presença de Portugal na NATO] deve ser indiscutível".

"As ameaças estão aí, quer no flanco leste, quer no flanco sul (...) o chamado Estado Islâmico são situações reais. Essas situações exigem que não haja qualquer espécie de experimentalismo, pelo contrário", defendeu.

Para Aguiar-Branco, a NATO, da qual Portugal foi um dos países fundadores, foi fundamental para a "implantação democrática" no país e para a modernização das Forças Armadas.

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