Miguel Relvas acusa José Sócrates de ter feito discurso de "desespero"

O Secretário-Geral do PSD, Miguel Relvas, acusou hoje José Sócrates de ter feito um discurso de “desespero”, dizer “falsidades” e de ser “desonesto” porque quem “reduziu salários e congelou pensões” foi o primeiro-ministro demissionário.

Miguel Relvas, que falava à margem de um jantar com militantes em Sernancelhe, distrito de Viseu, reagiu ao discurso do Secretário-Geral do PS, durante o congresso de Matosinhos.

“Só o desespero é que pode levar a uma situação em que o engenheiro José Sócrates apresente falsidades, seja desonesto no discurso que assumiu. É grave. De um primeiro-ministro espera-se seriedade”, afirmou o dirigente social-democrata.

Miguel Relvas sublinhou ainda que “quem reduziu salários, quem congelou pensões, quem pôs Portugal na situação em que se encontra hoje foi o José Sócrates”.

“Olhos nos olhos temos que dizer que não é aceitável que o engenheiro José Sócrates diga falsidades e seja desonesto como foi no discurso que hoje assumiu”, salientou.

O Secretário-Geral do PSD acusou ainda José Sócrates de ser o responsável pela situação de “pré ruína” a que Portugal chegou com uma governação “aventureira” que não teve em conta aquela que é a realidade com que o país se confronta.

“Portugal não pode continuar com um governo que seja insensível nas questões sociais, que não olhe para os mais desfavorecidos, que não tenha soluções para os problemas. Este tipo de discurso é um discurso gasto de um primeiro-ministro que obrigou à vinda do FMI e do Fundo Europeu porque não foi capaz, ao contrário do que a Espanha fez há um ano atrás, de tomar decisões”, frisou.

Para Miguel Relvas, José Sócrates é o “problema” e, por isso, considera que a grande questão que se coloca aos portugueses é de saber se quer um primeiro-ministro “que está há seis anos e meio em funções, aumentou o défice, o desemprego, a dívida, a pobreza em Portugal”.

“Vamos criar condições para que depois de 05 de junho, com um governo abrangente, se permita que os melhores estejam na vida pública”, frisou.

O dirigente social democrata disse ainda esperar que o congresso do PS sirva “para acalmar, para pôr o PS no rumo de apresentar propostas para Portugal, aquilo que não fez nos últimos seis anos e meio”.

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