Votação interna do PDR decorreu sem perturbações mas resultados não foram revelados

Cinco horas depois do fecho das urnas para eleger o Conselho Nacional, o partido liderado por Marinho e Pinto não tinha revelado resultados.

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Marinho e Pinto já avisou que os exames marcados para esta semana são para fazer Daniel Rocha

As eleições para o Conselho Nacional do Partido Democrático Republicano decorreram com normalidade, segundo o líder do PDR, Marinho e Pinto, mas às 22h30 deste sábado - cinco horas depois do encerramento das urnas - ainda não havia resultados disponíveis.

Ao princípio da tarde, Marinho e Pinto referiu ao PÚBLICO que desistiram 12 pessoas num total de 30 das listas para o Conselho Nacional que decorreram até às 17h00, na sede do partido em Lisboa. Entre elas está o antigo militante socialista Eurico Figueiredo (que encabeçava a lista C), que acusou Marinho e Pinto de ser  “um falso profeta” e de avançar "de um partido que já é caudilhista para um partido fascista".

"O doutor Eurico Figueiredo faz acusações muito graves há mais de meio ano a outros membros que se sentam ao lado dele na comissão organizadora. Esse tipo de acusações define-o mais a ele do que a mim", respondeu o líder do PDR.

Relativamente a estes incidentes, Marinho e Pinto considerou serem “dificuldades” de um partido que está a começar. “Aqui há pessoas sem experiência política e outras com muita experiência que querem trazer para o partido certos vícios”, observou.

O líder do PDR recusou a ideia de ter contratado seguranças para estarem nesta votação, garantindo que decorreu normalmente.

"Acreditamos que não vai haver as cenas que lamentavelmente aconteceram a 24 de Maio no Fórum Lisboa", declarou o ex-bastonário da Ordem dos Advogados, referindo-se ao clima de confusão que se instalou nesse dia e que levou ao adiamento da eleição do Conselho Nacional por falta de condições para garantir um acto eleitoral “isento”.

Na eleição ao Conselho Nacional, e de acordo com as listas afixadas à porta da sede do partido concorrem a lista A, afecta a Marinho e Pinto, encabeçada por Sérgio Passos, a lista B, encabeçada por José de Almeida, e a lista C, em que ainda figura como primeiro nome Eurico Figueiredo com a indicação de que desistiu.

Segundo o líder do PDR, "a desistência de alguns membros da lista C foi apresentada quando já estava encerrado o processo de admissão de listas, já tinham sido aceites e, inclusivamente, já estava a decorrer o próprio acto eleitoral, porque começou a decorrer por correspondência na segunda-feira passada".

"O voto directo não é necessariamente um voto presencial. O voto directo pode ser um voto por correspondência. Não há votos por procuração, isso sim, seria um voto indirecto. Há votos directos que podem ser exercidos presencial ou através de correspondência, mas que garante quer a proveniência quer a legitimidade do votante. Portanto, tudo está a decorrer normalmente", afirmou.

Esta semana, em entrevista à Antena 1, o líder do PDR justificou uma maior marcação ao líder do PS do que ao primeiro-ministro por considerar que António Costa tenta iludir mais os eleitores do que Passos Coelho. Ao mesmo tempo, o líder do PDR disse que não lhe repugna uma futura aliança com o PSD por ter “pulsões sociais-democratas genuínas”, mas que entretanto ficaram capturadas pelo CDS.

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