Maria Barroso na descida socialista do Chiado

Depois do almoço que juntou centenas na Cervejaria Trindade, em Lisboa, comitiva desceu à baixa, onde encontrou a ex-primeira dama do Presidente que não quis vir.

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Seguro e Assis, mas sem Sócrtaes, na descida do Chiado Enric Vives-Rubio
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Seguro e Assis, mas sem Sócrtaes, na descida do Chiado Enric Vives-Rubio

Foi após a descida do Chiado, depois dos confetti terem voado e de António José Seguro ter comprado cerejas que Maria Barroso, mulher de Mário Soares, surgiu no final da rua do Carmo. A caravana já desmobilizava quando a mulher do ex-Presidentre da República compareceu na última arruada do PS antes das eleições.“Vim aqui à baixa, vi que estava o Seguro e o Assis e, portanto, quis cumprimentá-los e desejar-lhes felicidades”, explicou Maria Barroso.

Seguro quis destacar o “gesto de grande importância política” que era a presença da mulher do fundador do PS, que há dias recusou o convite para se juntar aos socialistas no tradicional almoço.

Terminava assim a iniciativa que juntou cerca de mil pessoas na baixa e que ficou ainda mais animada – cheia de adeptos do Atlético e alguns do Real Madrid – com a banda que tocava a versão acústica de “Senhora da Boa hora”.

A caravana seguia atrás gritando PS e confraternizando com os adeptos espanhóis. Em maior número os do Atlético, o que levou alguns dos socialistas a gritar pelo jogador Tiago.

Enquanto os militantes confraternizavam, Seguro e Assis seguiam acolitados por Ferro Rodrigues, Almeida Santos e Manuel Alegre. Estes dois últimos desciam de braço entrelaçado – como se fazia noutros tempos – enquanto a actual liderança descia num estilo mais descontraído.

Seguro ia parando para cumprimentar e ser cumprimentado. A caravana passou de forma animada, apesar de uma ou outra reacção mais crítica. Como por exemplo a de João Paulo, um dos sócios da Casa Frazão, que saiu da loja para se queixar da nova lei de arrendamento que colocava em risco o comércio na baixa.

"Qualquer dia é só restaurantes e hóteis”, desabafava, antes de se queixar de não ouvir ninguém falar dos problemas que a lei causava aos comerciantes.

“Não é verdade”, assegurou Seguro, antes de lembrar que o PS tinha votado contra a proposta.

Na maior parte do roteiro, no entanto, a descida foi festiva. Mas que ainda assim não deixou de desiludir alguns socialistas. Na Rua Augusta, uma apoiante ficou desiludida por não ver o ex-primiero-ministro José Sócrates. Estava ali com livro da sua autoria para lhe pedir um autógrafo.

O antigo líder já há muito que tinha saído do almoço, onde foi carinhosamente recebido. “É o maior estadista deste país", gritou uma fã. O que levou Sócrates a reconhecer que já “tinha saudades disto”.

 

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