Marco Almeida quer criar “um Estado Social local” para minimizar os efeitos da crise em Sintra

Social-democrata António Capucho acredita que o independente pode “fazer história”.

A criação de “um Estado Social local”, que é como quem diz de um programa municipal que procure “minimizar os impactos que a crise faz sentir” em áreas como educação, saúde e emprego, é a proposta fundamental de Marco Almeida, candidato independente à Câmara de Sintra.

“Temos de salvar as famílias da situação que o PS, o PSD e o CDS criaram”, defendeu o candidato, que é neste momento vice-presidente da Câmara de Sintra, eleito pelo PSD. Marco Almeida falava aos jornalistas junto ao Canil Municipal, equipamento que visitou esta tarde acompanhado por António Capucho, cabeça de lista à Assembleia Municipal.

Questionado sobre a possibilidade, avançada por várias sondagens, de ter um resultado eleitoral superior ao do candidato escolhido para representar o PSD, Pedro Pinto, Marco Almeida recusou pôr a questão nesses termos. “Não me move nada contra ninguém. Não apresento a minha candidatura contra ninguém nem contra nenhum partido”, afirmou, sublinhando que a sua candidatura “tem identidade, é feita por gente de Sintra, que fez por Sintra”.

Uma ideia que foi também destacada por António Capucho, segundo quem Marco Almeida “conhece todos os recantos de Sintra”. Já Basílio Horta, candidato do PSD, e Pedro Pinto, fazem promessas absolutamente exóticas” e estão “a anos luz” do independente no que diz respeito ao conhecimento do concelho, acusa o número um da lista à Assembleia Municipal.  

Questionado sobre se estaria disposto a entregar pelouros aos seus opositores caso vença as eleições, Marco Almeida disse ter para Sintra “um projecto alicerçado”, acrescentando que todos aqueles que nele se “encaixassem” serão “bem-vindos”. Os restantes, afirmou, “não farão falta”.

“Temos de nos habituar a governar em coligação. É o que está a acontecer a nível nacional”, defendeu por sua vez António Capucho. O ex-presidente da Câmara de Cascais acredita que Marco Almeida pode “fazer mudar a história das autarquias no país”. Mencionando também o caso de Vila Nova de Gaia, Capucho conclui: “Se os partidos perderem um conjunto de autarquias significativas para os independentes será uma situação muito interessante”.
 

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