Marcelo: Passos “apalpa o pulso” a Portas, Portas “dá-se como não apalpado”

Comentador diz que os líderes dos dois partidos andam a “empurrar com a barriga” uma nova coligação.

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"É cada vez mais necessária uma remodelação no Governo", diz Marcelo Rebelo de Sousa Nuno Ferreira Santos

Marcelo Rebelo de Sousa afirma que a coligação governamental não vai bem. E uma eventual futura aliança entre PSD e CDS/PP para as legislativas de 2015 também não. Isto porque Portas e Passos se estão a marcar mutuamente e a empurrar um possível acordo “com a barriga”.

No seu habitual comentário de domingo na TVI, o antigo líder do PSD resume a situação a uma frase: “Pedro Passos Coelho apalpa o pulso a Paulo Portas, Paulo Portas dá-se como não apalpado.”

Marcelo diz mesmo que periodicamente há “uma marcação de posição” entre os líderes dos dois partidos. “Dá a sensação que falam línguas diferentes. (…) Não passa a química, o que não quer dizer que não haja coligação no futuro. Há [entre Portas e Passos] alguma dúvida de reserva sistemática. Um é racional e lento, outro é intuitivo e rápido. (…) Vão engrenando com alguma dificuldade”, acrescentou.  

Já sobre uma eventual candidatura de António Guterres ao cargo de secretário-geral da ONU, não excluída neste sábado ao Expresso, Marcelo diz ter informação que o antigo líder do PS já terá falado nessa possibilidade à actual direcção do PS.

O social-democrata diz que se o cargo de Guterres à frente do Alto Comissariado para os Refugiados for prorrogado e ele tiver “um sinal muito forte” de apoios para secretário-geral das Nações Unidas avançará nessa direcção.

Marcelo diz que este facto criaria um problema ao PS para as presidenciais  de 2016, já que o partido ficaria com “um grande vazio” porque não tem nenhum outro eventual candidato com o peso do antigo secretário-geral socialista. “[Os outros eventuais candidatos do PS] são televisão a preto e branco comparados com a televisão a cores de António Guterres.”

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