Marcelo defende que o sistema de avaliação não pode mudar a cada Governo

O antigo dirigente do PSD participou numa aula de história para alunos do 12.º ano na Escola Secundária Ibn Mucana, em Alcabideche, concelho de Cascais.

Foto

O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa defendeu nesta quinta-feira que o sistema de avaliação no ensino básico e secundário não pode estar sempre a mudar, consoante mudam os governos, e considerou possível haver consenso nesta área.

"Há que haver consenso. E aqui, ainda por cima, não me parece que seja muito um consenso que levante problemas doutrinários ou ideológicos. Não me parece difícil um consenso quanto a um sistema que dure um número mínimo de anos, para ser estável", afirmou o antigo presidente do PSD.

Marcelo Rebelo de Sousa falava durante uma aula de história para alunos do 12.º ano da Escola Secundária Ibn Mucana, em Alcabideche, no concelho de Cascais, inserida na sua campanha para as presidenciais de 24 de Janeiro, em resposta a uma aluna que lhe pediu a sua opinião sobre os exames nacionais.

Sem se declarar a favor ou contra os exames, o candidato social-democrata respondeu: "A minha opinião há muito tempo, e acho que o Presidente deve ajudar nisso, é que não pode mudar todos os governos. Não pode mudar o currículo, não pode mudar o programa, não pode mudar o sistema de avaliação".

"Olhar para as prioridades nacionais"
Marcelo defendeu ainda que é tempo de olhar para as prioridades nacionais e não de fazer referendos sobre matérias europeias que possam dividir os portugueses.

"Acho que, neste momento, há prioridades nacionais e o Presidente deve olhar para as prioridades nacionais", afirmou aos jornalistas.

O antigo líder do PSD comentava as declarações do seu adversário Sampaio da Nóvoa, que disse que, caso chegue a chefe de Estado, não aceitará "diminuições significativas" da soberania do país sem "um debate aprofundado" e um referendo sobre as matérias.

"Tudo aquilo que seja construir a estabilidade política, a governabilidade, os consensos de regime e unir o que está dividido, é prioritário. Depois haverá tempo, certamente, para divisões entre os portugueses. Este não é o tempo de mais divisões", sublinhou.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários